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 | 04/04/2006 22h22min

Antonio Palocci é indiciado pela Polícia Federal

Advogado do ex-ministro confirmou que depoimento ocorreu hoje

A Polícia Federal (PF) indiciou Antonio Palocci por violação de sigilo bancário. O ex-ministro da Fazenda deveria prestar depoimento amanhã às 10 horas na PF, em Brasília. Segundo o seu advogado, José Roberto Batocchio, o ex-ministro prestou depoimento hoje como investigado e negou todas as acusações feitas contra ele.

De acordo com a GloboNews, o ex-ministro foi ouvido durante três horas ainda na casa oficial de ministro pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes. O advogado relatou que Palocci negou que tenha mostrado o extrato ou repassado o documento a qualquer pessoa. Batocchio afirmou ainda que o ex-ministro se sente injustiçado. O advogado salientou ainda que o documento passou pela mão de pelo menos seis pessoas na Caixa Econômica Federal e sugeriu que uma delas talvez tenha divulgado o extrato.

O ex-ministro confirmou ter recebido o então presidente da CEF Jorge Mattoso na noite do dia 16, data em que o extrato foi emitido. Ele negou, no entanto, que tivesse acertado com Mattoso a estratégia para a violação do sigilo, como o ex-presidente da Caixa declarou à PF. De acordo com Batocchio, o encontro entre Palocci e Mattoso, na residência do ministro por volta das 23h, teria sido para tratar sobre a presença do banco no Japão e nos Estados Unidos. Na ocasião, Mattoso teria aproveitado para mostrar o extrato bancário de Francenildo a Palocci, relatou o advogado. No dia seguinte à noite, os dados do sigilo bancário violado foram divulgados no blog da revista Época.

No depoimento, Palocci esteve o tempo todo monitorando seu estado de saúde (batimento cardíaco e pressão arterial). Na semana passada, o ex-ministro conseguiu adiar o depoimento à PF ao apresentar um atestado médico. Na oportunidade, Batocchio alegou que Palocci enfrentava problemas de saúde decorrentes de estresse.

Antonio Palocci e o ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, pediram demissão na última segunda-feira, após o depoimento de Mattoso à Polícia Federal, que confessou ter mandado quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa e ter entregue o extrato ao então ministro da Fazenda. No mesmo dia, Mattoso foi indiciado pelo crime de quebra do sigilo funcional.

AGÊNCIA BRASIL
 

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