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 | 27/03/2006 10h05min

Maioria dos palestinos está satisfeita com o governo do Hamas

Mais de 50% dos entrevistados quer que o grupo renuncie a acordos com Israel

A maioria dos palestinos (75%) está satisfeito com o governo formado pelo primeiro-ministro designado Ismail Haniyeh, que será integrado por 24 membros, a maioria do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), segundo uma pesquisa divulgada hoje.

Os resultados da enquete, feita por pesquisadores do Centro Palestino de Opinião Pública com 1.068 pessoas, foram divulgados pela edição eletrônica do jornal israelense Yediot Aharonot horas antes de Haniyeh apresentar seus ministros ao Parlamento palestino, cujos deputados começaram hoje uma videoconferência em Gaza e Ramala que pode durar três dias.

Um total de 52% dos entrevistados quer que o governo do Hamas renuncie os acordos firmados com Israel, os quais o presidente Mahmoud Abbas exige que sejam respeitados para que se restabeleça o processo de paz rumo à criação de um Estado palestino independente.

Abbas, segundo a lei palestina, precisa aprovar o Governo do Hamas antes que ele assuma suas funções. No Conselho Legislativo, cujos debates se prolongarão até quarta-feira, Haniyeh conta com uma clara maioria para conseguir o imprescindível voto de confiança.

Entre os que participaram da pesquisa, 64,8% estimaram que o primeiro-ministro deve distinguir seus planos políticos e sua plataforma como partido governista.

Um total de 85,5% dos indagados pela enquete, depois da invasão da prisão de Jericó pelo Exército israelense, disse que não acredita que as autoridades de Israel tenham a intenção de respeitar os acordos com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), enquanto 88% exigiram que o Reino Unido e os Estados Unidos pressionem Israel a libertar os detentos que aprisionou.

Na operação, efetivos militares e policiais obrigaram dezenas de presos a evacuar suas celas de cuecas para capturar cinco deles, quatro ligados ao assassinato de um ministro israelense e um envolvido no contrabando de armas para a ANP.

Segundo um acordo entre a ANP e Israel, que reivindicava os presos para julgá-los, os cinco estavam na prisão de Jericó sob vigilância de representantes britânicos e americanos, que, alegando que sua segurança estava em risco, abandonaram o centro de detenção.

Um total de 50,7% dos entrevistados se opôs aos ataques contra pessoas inocentes e contra os escritórios da União Européia (UE), como os registrados após a invasão israelense à prisão de Jericó.

AGÊNCIA EFE

 

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