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 | 26/03/2006 23h23min

Veja diz que assessor de Palocci informou Época sobre extrato

Divulgação ilegal de dados sobre sigilo bancário de caseiro abala Brasília

O vazamento ilegal do extrato da conta bancária do caseiro Francenildo Santos Costa, de acordo com a revista Veja, teria como origem uma sala contígua à do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Não haveria indícios da participação direta do ministro no caso.

Segundo a revista, o jornalista Marcelo Amorim Netto, assessor de imprensa de Palocci, teria divulgado as informações. A reportagem de Veja diz que a CPI dos Bingos trabalha com a informação de que a Caixa Econômica Federal mandou um fax do extrato de Francenildo ao jornalista, que se encarregou de fazê-lo chegar à redação da revista Época.

Veja diz que a concorrente "publicou o caso como denúncia contra o caseiro, e não como imoralidade patrocinada pelo governo". Época divulgou o caso no final da tarde do dia 17, na internet. Veja afirma que, na noite de quinta-feira, Palocci tinha a informação de que o caseiro recebera somas altas. O colunista da Veja Diogo Mainardi explica as razões da suposta preferência de Netto pela Época. De acordo com ele, um dos filhos do assessor do ministro, Matheus Leitão, é repórter da revista concorrente.

Na edição desta semana, Época informa que recebeu os extratos "de alguém que não teria condições de ser o autor da quebra de sigilo". De posse dos documentos, a revista afirma ter procurado o advogado do caseiro, Wlício Nascimento, que confirmou os depósitos. Francenildo disse para a revista que o dinheiro havia sido depositado por Eurípedes Soares, empresário do Piauí, e seu suposto pai biológico. O empresário, continua a revista, assumiu os depósitos, mas negou a paternidade. Diante deste quadro, Época decidiu publicar a história.

O vazamento dos dados sobre o sigilo bancário de Francenildo, que contradiz Palocci sobre supostas idas do ministro à mansão onde se reuniriam ex-assessores da época em que ele era prefeito de Ribeirão Preto (SP), acendeu uma nova crise no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda sem apontar um responsável pela divulgação das informações, Lula seria levado a demitir Palocci e o presidente da Caixa, Jorge Mattoso.

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