Os peemedebistas vão divididos escolher amanhã o candidato do partido à Presidência da República. O PMDB, no entanto, não diverge somente entre os que apóiam Germano Rigotto ou Anthony Garotinho, os dois pré-candidatos do partido. A cisão é mais profunda: de um lado estão os governistas, que apóiam Lula e desejam evitar as prévias, e, do outro, os partidários da candidatura própria.

A divisão no partido extrapolou os limites do partido e chegou à Justiça. Liberada por liminar até o início da noite deste sábado, as prévias do PMDB podem se transformar em uma consulta caso o presidente do Superior Tribunal de Justiça restabeleça a proibição das eleições internas do partido. Na sexta-feira, Edson Vidigal, concedeu uma liminar que impedia a votação.

Após a liminar, um grupo de peemedebistas criticou a atitude do STJ. O senador gaúcho Pedro Simon chegou a afirmar que Vidigal agia como candidato: sua decisão, disse Simon, era tomada em função do apoio que receberia de José Sarney em uma candidatura ao governo do Maranhão.

Descontentes com a suspensão, o presidente do partido, Deputado Michel Temer (SP), Simon e os pré-candidatos do partido, Germano Rigotto e Anthony Garotinho, se reuniram ainda ontem para discutir uma maneira de reverter a decisão de Vidigal. Na noite de sexta-feira, o partido recorreu da liminar concedida pelo presidente do STJ.

O recurso foi analisado pelo ministro do STJ Hamilton Carvalhido, já que Vidigal estava no Maranhão. Ainda na noite de ontem, Carvalhido liberou a realização das prévias, mas a decisão também tem caráter liminar. O parecer de Vidigal sobre o tema pode sair ainda na noite de sábado. O presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), no entanto, já afirmou que a votação ocorre de qualquer maneira.

As prévias vão começar às 9h e seguir até às 17h. A apuração dos votos começará logo após o horário de encerramento. A previsão do partido é de que a o resultado final seja divulgado às 21h do domingo.

ZERO HORA E CLICRBS