Com um encontro amanhã com o prefeito do Rio, Cesar Maia, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), dá início às consultas internas sobre a possibilidade de o partido compor uma aliança com o PSDB e indicar o vice na chapa do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que representará os tucanos na disputa presidencial. A próxima reunião deverá ser com o próprio Alckmin.

Bornhausen desembarca no domingo em São Paulo e deverá deixar claro ao candidato do PSDB que uma aliança formal com os pefelistas exigirá seu empenho pessoal para resolver eventuais divergências estaduais entre as duas legendas. Entre as prioridades do PFL estão os acordos para as eleições no Rio e em Santa Catarina, onde a disputa pelos governos estaduais poderá exigir renúncias.

O PFL já antecipou sua disposição de lançar candidatos próprios em pelo menos nove Estados. Essa relação incluiria São Paulo, onde os tucanos ainda não têm um candidato definido. A negociação no Estado paulista poderia ser facilitada caso o prefeito de São Paulo, José Serra, preterido na disputa presidencial, decida se lançar candidato. Bem colocado nas pesquisas de opinião, Serra é considerado um nome natural para a eleição no Estado e, assim, não deverá encontrar dificuldades para garantir o apoio dos pefelistas.

Outra preocupação dos pefelistas é não permitir que a escolha do vice de Alckmin se arraste muito e abra espaço para o acirramento das disputas internas que já começaram a se estabelecer. Enquanto um grupo defende que o partido indique alguém do Nordeste, onde o governador de São Paulo tem um desempenho pífio, outros acham que não se pode vetar previamente representantes de outras regiões do país.

– A premissa de ser um nome do Nordeste veta políticos das demais regiões, o que pode suscitar divergências – advertiu o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RN).