Soldados israelenses invadiram hoje uma prisão palestina de Jericó e pediram, com megafones, ao líder da Frente Popular para a Libertação Palestina (FPLP) Ahmed Saadat para se entregar. O chefe palestino está detido no local desde 2002.

Fontes do sistema de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) desmentiram que Saadat tivesse sido capturado e afirmaram que os soldados estão em frente a sua cela na prisão, exigindo que seja entregue. O líder é acusado de envolvimento no assassinato assassinato do ministro do Turismo Rehavam Zeevi, em 2002.

Pelo menos dois palestinos morreram na prisão na troca de tiros com soldados israelenses que tentaram capturar Saadat. Os mortos são um agente de segurança e um guarda carcerário. Pode haver, no entanto, um número indeterminado de feridos nos tiroteios com os soldados israelenses.

A operação militar em Jericó, segundo o ministro israelense de Segurança Interior, Gideon Ezra, está relacionada com declarações recentes do presidente da ANP, Mahmoud Abbas. O líder prometeu na semana anterior libertar Saadat se os milicianos da Frente se comprometessem por carta a defendê-lo de um possível assassinato seletivo do Exército israelense.

Essas declarações levaram o Reino Uniso e os Estados Unidos a retirar seus guardas da prisão de Jericó, onde, por um acordo de 2002 entre a ANP e Israel, tinham se comprometido a impedir que Saadat e outros palestinos requeridos por Israel para julgá-los pudessem fugir da prisão.

AGÊNCIA EFE