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 | 07/03/2006 15h25min

Irã oferece moratória de dois anos sobre enriquecimento de urânio

Última proposta russa para resolver o contencioso nuclear será debatida hoje

O Irã ofereceu uma moratória de até dois anos em seu programa industrial de enriquecimento de urânio, com a condição de poder manter suas atividades científicas nesse âmbito.

Fontes consultadas do Conselho de Governadores da AIEA, dominada pelo contencioso nuclear com o Irã, indicaram que esta oferta não é aceitável para os Estados Unidos e nem para a União Européia pelo fato de considerarem essa suspensão como muito curta. A oferta iraniana corresponde a uma tentativa de evitar que o Conselho de Segurança da ONU inicie suas deliberações sobre seu controvertido programa nuclear.

A última proposta russa para resolver o contencioso nuclear será debatida hoje em Washington entre o ministro russo de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, e sua colega americana Condoleezza Rice, embora os norte-americanos já tenham demonstrado rejeição a esse plano.

A proposta prevê que o Irã congele por um período entre sete e nove anos seu programa industrial de enriquecimento de urânio e ratifique o protocolo adicional do TNP em troca de poder realizar pesquisas limitadas nesse âmbito, sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O combustível nuclear para o Irã seria produzido por meio de uma joint-venture entre a Rússia e o Irã em território russo. O protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) permite aos inspetores da AIEA visitar, sem aviso prévio, qualquer instalação nuclear no Irã.

Após o envio do caso ao Conselho de Segurança em fevereiro, o Irã anunciou que não permitiria mais essas inspeções, que a AIEA estava realizando desde a assinatura do protocolo, em dezembro de 2003, embora sua ratificação tivesse permanecido pendente pelo Parlamento em Teerã.

O urânio enriquecido serve para a produção de combustível nuclear, mas também para fabricar armas nucleares. Devido à insistência do Irã de desenvolver essa tecnologia, os EUA e a UE suspeitam das verdadeiras intenções do programa nuclear iraniano.

AGÊNCIA EFE
 

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