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 | 22/02/2006 19h09min

Presidente da Xerox nega envolvimento com corrupção

Olivier Ferraton prestou depoimento hoje na CPI dos Correios

O presidente da Xerox do Brasil, Olivier Stephne Marie Ferraton, prestou depoimento hoje, na sub-relatoria de contratos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Ferraton, que foi acompanhado de dois advogados da empresa, falou em francês o tempo todo. Ele negou as irregularidades citadas por Maurício Marinho.

Em depoimento à CPI, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho, pivô do escândalo de corrupção na estatal ao ser flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, em maio do ano passado, acusou a Xerox do Brasil de ter sido beneficiada pela licitação do Correio Híbrido Postal, com preços 35% superiores aos oferecidos pelo mercado para serviços de reprografia.

Ferraton informou que não entrou com ações na Justiça para impedir a implantação do Correio Híbrido Postal. A empresa, segundo ele, questiona apenas a legalidade do edital. Ferraton afirmou que o serviço de correio híbrido "destruirá as economias locais". Segundo ele, o serviço de impressão de documentos, quando implantado, será tirado das gráficas e repassado para os Correios.

Ele informou que a empresa questionou judicialmente itens do edital do Correio Híbrido Postal que impediriam a participação de mais concorrentes. Ele disse que a licitação era "extremamente confusa" e, por isso, dificultava a concorrência. A Xerox integrou o consórcio que era liderado pela empresa Cobra (subsidiária do Banco do Brasil) na concorrência, cujo vencedor foi o grupo BR Postal. Essa licitação, apesar de já concluída, está sub judice. O BR Postal é formado por nove empresas nacionais e estrangeiros e liderado pela American Bank Note.

Ferraton informou ainda que o software oferecido pelo consórcio Cobra custava cerca de R$ 10 milhões. O consórcio BR Postal, vencedor da licitação, ofereceu o software por R$ 100 milhões. O custo total da proposta do Cobra, segundo o presidente da Xerox, era de R$ 1,8 bilhão. A BR Postal venceu a concorrência com um custo R$ 2,6 bilhões.

O objetivo dos Correios é modernizar os serviços oferecidos aos grandes clientes corporativos. Quando implantado e em funcionamento, o serviço possibilitará aos Correios enviar por meio eletrônico os dados que interessam aos clientes, e os documentos só serão impressos no destino da correspondência. Com isso, haverá economia de tempo e dinheiro e agilização na prestação do serviço, pois a ECT deixará de transportar um grande volume de material impresso.

AGÊNCIA CÂMARA

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