O empresário Murilo Almeida Rego afirmou que o fundo de pensão Nucleos, dos funcionários da Eletronuclear, nunca favoreceu a Arbor. Em depoimento encerrado há pouco na Sub-Relatoria de Fundos de Pensão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, o empresário disse que a Arbor rendia com liquidez imediata o mesmo que fundos prefixados e que não há nada errado alguém querer investir na empresa. O Nucleos comprou cotas de um fundo de investimento da Arbor que somavam R$ 29,04 milhões em abril de 2005.

Murilo afirmou ainda que nunca teve participação na Arbor, que pertence a seu irmão, Cristian Almeida Rego. Ele admitiu, no entanto, ter mantido investimentos nos fundos de pensão administrados pela empresa.

Murilo e Cristian são filhos do empresário Haroldo de Almeida Rego, conhecido como Pororoca. Cristian é acusado de ter feito operações fraudulentas com fundos de pensão patrocinados por empresas estatais. O esquema seria operado por Haroldo Pororoca em associação com o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno.