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 | 26/01/2006 07h

Oriente é revelação econômica em Davos

China e Índia são os grandes destaques do Fórum Econômico Mundial

África, América Latina e Caribe, as três estrelas de do Fórum Econômico Mundial (FEM) de Davos até o ano passado, perderam brilho na edição de 2006. Foram substituídas pelas duas supernovas locomotivas orientais: China e Índia. A explicação do fundador do FEM, Klaus Schwab, é que de que está ocorrendo um deslocamento do eixo de gravidade do Ocidente para o Oriente, que terá impactos profundos na economia e na política

. Para o que se convencionou chamar de elite global reunida em Davos, o crescimento da economia global está atrelado ao ritmo de expansão dos dois países. Em menos de 50 anos, China e Índia terão 3 bilhões de habitantes, terão cinco vezes a atual frota mundial de veículos e dobrarão o consumo mundial de água, apenas para citar alguns números que estão nas cabeças dos participantes do encontro anual na estação suíça. A China, ao final desse período, deverá ser a primeira economia do planeta. Por isso, Davos também analisará os sistemas bancários dos dois países, o surgimento da classe médias nessas sociedades e as políticas ambientais.

Embora a China seja um país de superlativos, seja para que lado se olhe, é a Índia que atrai os holofotes de Davos. No país de 1,1 bilhão de habitantes, 35 milhões deles falam inglês fluentemente - um atrativo superpoderoso na avaliação das grandes corporações mundiais. Uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers com 1,4 mil homens de negócios em todo mundo, mostra que a Índia desperta interesse por ter talentos altamente qualificados. No ano passado, a Microsoft, a Intel e a Cisco anunciaram investimentos de US$ 3,8 bilhões no país.

A China acaba de ultrapassar o Reino Unido e a França e já é a quarta economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês chegou a US$ 2,26 trilhões. As exportações foram o motor da economia chinesa no ano passado, com alta de 28%. As vendas ao exterior chegaram a quase 40% do PIB. O crescimento das exportações aumentou a demanda interna e, conseqüentemente, os preços internacionais das commodities, o que contrariou outros países.

LÚCIA RITZEL/ZERO HORA
 

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