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 | 01/04/2002 22h47min

Líder do MST gaúcho continua sitiado no prédio da ANP em Ramallah

O gaúcho Mário Lill – líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) – continua sitiado no quartel-general do líder palestino Yasser Arafat, em Ramallah. Junto com cerca de 40 ativistas estrangeiros, Lill conseguiu romper o cerco do exército israelense no último domingo e agora faz parte de uma espécie de "escudo humano" de proteção a Arafat. Ao se encontrar com o líder palestino, o gaúcho deu-lhe de presente uma bandeira do MST. Arafat agradeceu e a mostrou para os fotógrafos e cinegrafistas.

Nesta segunda, dia 1º, Lill confirmou à reportagem do Jornal Zero Hora que pretende ficar no quartel-general até o fim da crise.

– Estamos aguardando. Temos a expectativa que uma comissão da ONU (Organização das Nações Unidas) venha até a Palestina para intermediar uma negociação e que a ONU coloque um grupo permanente de observadores e que garanta a paz – afirmou.

A viagem de Mário Lill à Israel foi idealizada há dois meses, em Porto Alegre, durante o o II Fórum Social Mundial. A idéia era realizar uma visita de solidariedade ao povo palestino durante o "Dia da Terra" (30 de março). Segundo Lill, a visita coincidiu a com uma verdadeira situação de guerra.

– Nós sempre apoiamos a causa de todos os povos em busca de sua liberdade e sua autodeterminação, sejam eles palestinos, latino-americanos, europeus, asiáticos. Sempre foi a nossa linha de atuação do movimento. Viemos para cá para a celebração do Dia da Terra, que tem uma ligação muito forte com a nossa luta. A questão da terra nos unifica. Os palestinos têm um significado muito forte da terra, por isso viemos – disse Lill à ZH.

Lill negou qualquer relação entre o MST e grupos extremistas, como o Hamas ou o Hezbollah. Ressaltou estar em Ramallah para "defender a paz". O governo brasileiro considerou a presença de Mário Lill em Israel um situação de risco, já que 12 dos 40 ativistas que estiveram com Yasser Arafat foram presos pelo exército israelense.

 

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