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 | 10/12/2005 12h29min

Bancos defendem sistema de vigilância sobre políticos

Proposta foi defendida em encontro sobre combate à lavagem de dinheiro

O presidente da Associação Brasileira de Bancos Internacionais, Luís Antônio Pereira, defendeu nesta manhã a criação no país de um sistema de PEPs (Pessoas Politicamente Expostas, na siga em inglês). A criação do PEPs é uma das 22 propostas em debate no 3º Encontro da Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla).

O sistema, em vigor em países da Europa e dos Estados Unidos, prevê a vigilância sistemática da movimentação financeira de ocupantes de cargos-chaves da administração pública e, em alguns casos, até de grandes empresários.

– Os bancos internacionais adotam essa medida e seria importante também que o Brasil a adotasse – afirmou Pereira, representante da Federação Brasileria de Bancos (Febraban) na Encla.

Segundo ele, o sistema de vigilância sistemática sobre as pessoas politicamente expostas é saudável inclusive para a os bancos. Pereira argumenta que o PEPs ajudam os bancos a se prevenir contra clientes corruptos por que a instituições financeiras não querem estar associados a escândalos políticos e econômicos. Ele lembra que bancos fortes precisam ter imagem limpa.

– Veja o que aconteceu com o Banco Rural (um dos bancos investigados no inquérito do mensalão).Correntistas encerraram suas contas e tudo isso deu prejuízo ao banco – disse Pereira.

A proposta de criação do Encla no país partiu do diretor do Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI) do Ministério da Justiça, Antenor Madruga, e foi encampada pelo ministro Márcio Thomaz Bastos. Pela sugestão do ministério, os bancos terão de informar ao Banco Central e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) todas as movimentações atípicas de ocupantes de cargos públicos importantes, são as chamadas PEPs.

Os integrantes da Encla devem definir hoje os critérios de classificação das PEPs. Mas, para Thomaz Bastos, o conceito é abrangente e deve incluir de vereadores ao presidente da República. São todos os ocupantes de cargos públicos, eletivos ou não, cujas decisões podem ter repercussão nos cofres públicos.

AGÊNCIA O GLOBO

 

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