A décima estimativa da safra nacional de 2005, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), aponta para uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) da ordem de 112,743 milhões de toneladas, contra as 119,294 milhões de toneladas obtidas em 2004. Trata-se de uma redução de 5,49% em relação à safra de 2004.

Em relação a setembro de 2005, quando o volume estimado chegou 112,862 milhões de toneladas, também houve redução, mas em menor escala (-0,11%). Neste caso a queda deve-se à redução de quase 100 mil toneladas na cultura do trigo.

A produção de grãos nas grandes regiões do país e a participação dessas em nível nacional distribui-se em 4,055 milhões de toneladas (14,03%) no Norte; 9,986 milhões de toneladas (7,00%) no Nordeste; 17,543 milhões de toneladas (-0,52%) no Sudeste; 38,938 milhões de toneladas (-20,27%) no Sul e 42,221 milhões de toneladas (5,73%) no Centro-Oeste.

Entre os produtos analisados, os que apresentaram variação positiva na estimativa de produção em relação a 2004 foram: feijão em grão 2ª safra (7,09%); feijão em grão 3ª safra (15,20%); mamona (38,42%) e soja em grão (3,12%). Algodão herbáceo (-3,86%); arroz em casca (-0,12%); feijão em grão 1ª safra (-3,03%); milho em grão 1ª safra (-12,95%); milho em grão 2ª safra (-28,43%); sorgo em grão (-27,34%) e trigo em grão (-12,75%) apresentaram variações negativas

Quanto ao trigo, o IBGE estima um volume da ordem de 4,996 milhões de toneladas, uma redução de 13% em relação à safra tritícola de 2004, quando foi colhida uma produção de cerca de 5,726 milhões de toneladas. O déficit é de 730 mil toneladas no período.

No Paraná, a colheita se encontra no final, e em algumas regiões do Estado o excesso de precipitação ocasionou perdas de produtividade e na qualidade do produto, ocorrência também verificada em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, a colheita encontra-se em andamento, se intensificando a partir de meados de novembro. No Paraná, estima-se que a produção será de 2,8 milhões de toneladas (-5%) e no Rio Grande do Sul, de 1,6 milhão de toneladas (-20%). Juntos, os dois Estados concentram 90% da produção nacional de trigo.

IBGE