Que tal passar um tempo fora de casa, bem longe do Brasil? Vivenciar uma cultura diferente, conhecer pessoas, lugares e, também, estudar uma outra língua, ganhar uma grana extra e incrementar o currículo profissional. Muito mais do que uma simples viagem, o intercâmbio proporciona experiências inesquecíveis - é só perguntar para quem já foi.
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Se existe a vontade, basta que você escolha o destino que melhor combine com você e com os seus objetivos. Eduardo Heidemann, da Travelmate Intercâmbio & Turismo, elenca os seis destinos mais buscados pelos intercambistas: Canadá, Irlanda, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e EUA. Confira as vantagens e desvantagens de cada um deles:
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CANADÁ
O Canadá é um país bilíngue, com o inglês e o francês como línguas oficiais. Lá, permite-se que o estudante trabalhe - e a seleção para o emprego é feita direto no país. Leva-se em conta o perfil do candidato, sua experiência e seu nível de inglês ou francês.
Segundo Elisabete Francio, da Intercultural Cursos no Exterior, dependendo do nível de inglês (ou francês) do intercambista, ele pode primeiro estudar - e aprender a língua - e depois trabalhar pelo mesmo período. Ela fala também dos requisitos básicos para quem quer ir para o Canadá:
• Ter no mínimo 19 anos. O ideal é fazer o programa até os 30;
• Possuir nível intermediário de inglês. Para as províncias bilíngues, o interessado deve ter níveis intermediários de francês e inglês;
• Não precisa ser estudante universitário
Visto: sem entrevista pessoal - a própria agência encaminha a sua documentação para o consulado em São Paulo. Entre os documentos, inclui comprovar renda - eles avaliam a situação da pessoa como um todo - e provar que tem vínculos no Brasil.
Eduardo, da Travelmate, cita vantagens e desvantagens do Canadá:
Vantagens: o custo para viver e se manter no Canadá é relativamente baixo comparado com outros países. Para os interessados em treinar o idioma, o inglês falado no Canadá é um inglês mais fácil de entender, um "inglês de filme". Outro ponto positivo é que estrangeiros são muito bem recebidos.
Desvantagens: muito frio.
IRLANDA
Apesar de ser um país europeu, a Irlanda tem um custo de vida mais baixo e regras (de visto) menos rígidas se comparado a outros países da Europa. Para ter direito ao visto de estudante - com permissão de trabalho -, é necessário que você esteja matriculado em um curso de no mínimo 25 semanas (período integral) e comprove que tem condições financeiras de se manter no país por um ano.
A permissão de trabalho é de até 20 horas semanais. Nas férias e recessos, o estudante pode trabalhar em período integral. E uma vantagem: o intercambista pode passar seis meses trabalhando e estudando e seis meses só trabalhando. Só na Irlanda você pode fazer isso.
Visto: a permissão de entrada é concedida quando o intercambista chega ao país - não é preciso tirar visto antes e nem comprovar nada. As únicas exigências são que você vá matriculado em um curso e tenha € 1.000,00 (mil euros) depositados numa conta (essa conta é aberta na Irlanda; deve-se depositar o dinheiro, tirar um extrato e apresentar na imigração na hora de solicitar o visto).
Vantagem: poder estudar e trabalhar e a questão facilitada do visto.
Desvantagem: clima muito úmido, chuvoso, e o sotaque, que é bem carregado e, por isso, mais difícil de entender.
AUSTRÁLIA
Para estudar e trabalhar na Austrália, é necessário que o intercambista vá matriculado em algum curso (idioma ou outros) por mais de três meses. Se o objetivo é ficar menos, não é permitido o trabalho.
Visto: o processo é demorado e burocrático. É exigido uma papelada grande: comprovante de renda e vínculo, exames médicos... Você gasta um valor considerável - até a taxa de visto é mais cara.
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Vantagem: A Austrália é um país bem semelhante ao Brasil no que diz respeito a cultura, povo, clima tropical e praias. Por este motivo, o intercambista tem uma adaptação mais rápida ao país.
Desvantagem: passagem aérea mais cara e dificuldade para tirar o visto.
NOVA ZELÂNDIA
O país permite que estudantes em período integral (20 horas/semana) matriculados em cursos com mais de 6 meses de duração trabalhem por meio período enquanto estudam e em período integral nas férias e feriados. Se o objetivo é só estudar por até três meses, nem é preciso visto.
Visto: simples e menos burocrático.
Vantagens: as belezas naturais - a Nova Zelândia é o país dos esportes radicais. Também é um país culturalmente mais parecido com o Brasil e muito receptivo.
Desvantagem: Distância e custo da passagem aérea.
ESTADOS UNIDOS
O EUA é o país mais tradicional para intercâmbio desde sempre e é também o país que oferece o maior número de programas para intercambistas: você pode ir para os Estados Unidos somente para estudar um idioma, ou para trabalhar durante as férias (Work Travel - trabalhe em estações de esqui, cassinos...). Há ainda a opção de fazer o Ensino Médio numa escola americana, através do High School. Ou quem sabe fazer a graduação, ou a pós-graduação, ou um programa de estágio na sua área.
Visto: Para ir aos Estados Unidos, é necessário ir até o Consulado Americano e fazer uma entrevista presencial. Por isso, é preciso agendar com antecedência, apresentar uma série de documentos, entre eles comprovante de renda e vínculo.
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Vantagens: O inglês americano é o mais acessível. Os voos para os EUA são mais baratos.
Desvantagens: os cursos nos EUA são mais caros que no Canadá, semelhantes a Irlanda e mais baratos que na Inglaterra. Outra desvantagem é ter que agendar o visto.
INGLATERRA
Londres é o principal destino e também o mais caro, mas compensa pela cena cultural. Porém, é preciso ter grana: para obter o visto é preciso que você tenha £ 800 (800 libras) em conta para cada mês que vai ficar lá. Em outras cidades, não tão caras, são £ 600.
O Reino Unido permite que estudantes que estejam matriculados em cursos de carga horária de 15 horas semanais trabalhem, mas somente por 10 horas por semana. É necessário ainda que o interessado em obter visto de estudante tenha conhecimento intermediário de inglês e vá até São Paulo entregar a documentação solicitada.
Caso o intercambista só queira estudar por um período inferior a 6 meses, o visto é opcional. Só passa a ser obrigatório se a pessoa quiser trabalhar ou se for ficar por mais de 6 meses no país.
Visto: é necessário ir pessoalmente ao Consulado Britânico entregar os documentos. O visto tem um custo mais alto e é necessário ter os £ 800 ou £ 600 por mês de estadia.
Vantagens: facilidade para transitar em outros países da Europa, várias opções de turismo, uma gama imensa de eventos culturais.
Desvantagem: clima úmido e chuvoso, custo de vida para morar em Londres é alto (uma libra equivale a R$ 2,64 - cotado em 10/09/2010) e é necessário comprovar ter os £ 800 u £ 600 por mês para o visto.
O que é comum a todos os países:
- Moradia: você tem a opção de morar numa casa de família ou numa residência de estudante. O valor final é semelhante, já que na casa de família, apesar de mais caro, têm refeições inclusas. (Depois que você já está lá, há a opção também de dividir aluguel com alguma outra pessoa.)
- Se você só pretende estudar um novo idioma, não é obrigatório que você tenha conhecimento profundo da língua, mas o ideal é que você tenha, no mínimo, uma noção básica. Eduardo lembra que o maior benefício de fazer um curso fora é poder praticar o idioma no dia a dia. Se você vai pra outro país sem ter noção alguma, terá muito mais dificuldades. Agora, se você pretende trabalhar, é obrigatório que você tenha um conhecimento, no mínimo, intermediário.
- O ideal para quem quer trabalhar é chegar ao país antes da temporada de verão ou inverno. Além de você ter tempo de conhecer o local, se familiarizar com tudo e todos, você paga mais barato. O preço da passagem na alta temporada é mais caro.
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Se você só pretende estudar um novo idioma, não é obrigatório que você tenha conhecimento profundo da língua, mas o ideal é que você tenha, no mínimo, uma noção básica
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