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 | 03/11/2005 20h29min

BB e BMG divulgam notas sobre valerioduto

Bancos negam participação no esquema do mensalão

O Banco do Brasil e o Banco BMG divulgaram hoje notas à imprensa defendendo-se das acusações do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). O relator disse em entrevista coletiva que os dois bancos participaram do chamado esquema do mensalão do empresário Marcos Valério.

Serraglio apresentou a conclusão parcial de uma investigação nos contratos entre a DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério de Souza, e a Visanet, empresa cujo principal acionista é o Banco do Brasil (BB).

O BMG informou que "todos os empréstimos concedidos às empresas ligadas a Marcos Valério de Souza foram devidamente registrados e seguiram todas as normas vigentes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil". Em relação aos empréstimos concedidos à empresa Rogério Lanza Tolentino & Associados, também ligada a Marcos Valério, o BMG diz que "as aplicações em Certificado de Depósito Bancário (CDB) dadas como garantia do empréstimo foram executadas pelo banco e abatidas do valor total da dívida".

O banco explica que não mencionou a aplicação em CDB quando houve proposta para a execução da dívida "porque os recursos já estavam na posse do banco, que aguardava apenas o vencimento para fazer a execução" e que quando a dívida venceu, o BMG, com base "em decisão judicial, executou tal garantia e abateu do total da dívida", reforçando a convicção do banco de que "irá receber os valores emprestados".

Na nota, o BMG esclarece também que as informações divulgadas hoje para a imprensa foram "encaminhadas oficialmente" à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios e "recebidas por esta comissão no dia 11 de outubro de 2005, por meio de um detalhado memorial que descreve todas estas operações".

O Banco do Brasil, por sua vez, diz que os recursos vindos do Fundo de Incentivo Visanet foram investidos em ações de marketing e publicidade e confirmou que a agência de publicidade DNA, do empresário Marcos Valério, não prestou os serviços correspondentes a R$ 9,1 milhões pagos antecipadamente pelo banco para promover os cartões Visanet, o que levou o BB a impetrar uma ação judicial contra a DNA no dia 25 de outubro. O comunicado afirma que, a partir de setembro 2004, os pagamentos às agências responsáveis só foram realizados com as efetivas comprovações dos serviços.

O comunicado diz ainda que o “Banco do Brasil não compactua e condena eventuais desvios que possam ter ocorrido na destinação desses recursos. O Banco informa que a Auditoria Interna está em fase avançada de apuração dos processos relacionados às ações de marketing e propaganda e que continua à disposição das autoridades e dos órgãos de fiscalização, para a completa apuração dos fatos, prática que tem adotado permanentemente desde a instalação da CPI.”

AGÊNCIA BRASIL E RÁDIO GAÚCHA
 
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