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Somente sete prefeitos pretendem se candidatar

Apenas sete dos 497 prefeitos gaúchos pretendem disputar as eleições de outubro. Um deles é cotado para disputar o Palácio Piratini e outros seis revelam intenção de disputar uma das 55 cadeiras da Assembléia Legislativa. Outros 38 se dizem indecisos em relação a participar ou não do pleito.

Porto Alegre vive uma situação peculiar. O prefeito Tarso Genro – que teve sua pré-candidatura lançada na quinta-feira, dia 10 – só decidirá se vai enfrentar o governador Olívio Dutra em uma prévia – prevista para março – se a pesquisa encomendada ao Ibope pelo diretório estadual do PT mostrar que ele tem melhores condições de vencer a eleição. Os resultados devem sair até o dia 19. Se forem desfavoráveis, Tarso desistirá de disputar o Piratini.

Se decidir concorrer, e vencer a disputa interna no PT, o prefeito terá de renunciar ao mandato até o dia 5 de abril, data-limite para quem deseja dusputar um cargo eletivo. Nas maiores cidades do Interior, os prefeitos revelam indecisão ou descartam a possibilidade de concorrer neste ano. O prefeito de Caxias do Sul, Pepe Vargas, tem seu nome cogitado para vice-governador.

Integrante da Democracia Socialista (DS), Pepe aparece tanto em composições com Olívio quanto em uma chapa liderada por Tarso. O prefeito, que defende a escolha sem prévias, diz que o argumento dos petistas para indicá-lo é de que a chapa majoritária se fortaleceria em uma região onde o ex-governador Antônio Britto (PPS) venceu nos dois turnos em 1998.

Em meio ao segundo mandato, o prefeito de Esteio, Vanderlan Vasconselos (PSB), diz ter vontade de tentar uma vaga na Assembléia. Na tentativa anterior, a segunda, conseguiu chegar à primeira suplência. Para entrar na disputa eleitoral, porém, Vasconselos quer que o partido pague seis meses de seu salário como prefeito. Caso não se eleja deputado, o prefeito não poderia voltar ao cargo antigo e teria de voltar a advogar. Uma pesquisa de opinião, a ser feita no final de fevereiro, deve ajudar Vasconselos a se decidir.

O prefeito de Uruguaiana, Caio Riela (PTB), que renunciou ao mandato de deputado federal, não pretende deixar a prefeitura. Riela diz que só sairira se o PTB o convidasse a participar como candidato a vice-governador. Em Santa Maria, o prefeito Valdeci Oliveira (PT) lembra que abriu mão de dois anos de mandato como deputado federal para concorrer a prefeito. Por isso, descarta qualquer possibilidade de deixar o cargo antes de 2004. 

A ausência de peemedebistas da região noroeste na Assembléia nos últimos mandatos deixa o prefeito de Santo Angelo, José Lima Gonçalves, em cima do muro. O prefeito analisa a possibilidade de concorrer pela primeira vez a deputado estadual. Em Rio Grande, o prefeito Fábio Branco (PMDB) não pretende se lançar candidato. Prefere reforçar o nome do primo, Janir Branco, na disputa por uma vaga na Assembléia. Segundo a assessoria de imprensa, a intenção de Branco é permanecer no cargo.

Chefe de governo da prefeitura, com status de secretário, Janir deixará o cargo em março. Filho do ex-prefeito Wilson Mattos Branco (PMDB), morto em 2000, Janir é nome de consenso e contará com o apoio de prefeitos da região, como Inácio Terra (PMDB), de São José do Norte, também fora da disputa. Eleito com 44 mil votos, o prefeito de Passo Fundo, Osvaldo Gomes (PSDB), garante que vai concluir o segundo mandato. Conforme Gomes, 2001 foi para colocar as finanças em dia e pagar as contas mais urgentes.


 
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