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 | 26/07/2005 12h47min

Vendas caem 5,28% em junho na região metropolitana gaúcha

Apenas comércio automotivo foi positivo na comparação com junho de 2004

Depois de dois meses de resultados positivos frente aos números de 2004, o comércio varejista na região metropolitana de Porto Alegre apresentou uma queda de 5,28% no mês de junho. Já na comparação com o mês anterior, a retração foi de 3,51%. Os dados foram divulgados hoje pela Federação do Comércio de bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).

Na composição do índice geral, os bens não-duráveis têm peso significativo e, neste segmento, o resultado negativo de 11,09%, na comparação com junho de 2004, foi puxado principalmente pela queda nas vendas de massas, frios, laticínio e açougue e dos combustíveis, lubrificantes e GLP, cujo aumento nos preços, num primeiro momento, afastou os consumidores.

Para os bens semiduráveis, o resultado negativo foi fortemente influenciado pela queda nas vendas do vestuário que, além do retardamento do início do inverno, tem mais um fator agravante: as roupas de inverno têm preços mais elevados em relação às outras estações e, por esse fator, os consumidores ficam mais cautelosos no momento da compra.

O setor de material de construção, que vinha apresentando bons resultados, mostrou queda em junho, explicada pelo fato de ser um mês mais úmido, o que não favorece reformas e, principalmente, a pintura.

A pesquisa divulgada hoje indica uma queda na inadimplência (cheques devolvidos que não são reavidos), alterando-se de 1,76% no mês de maio para 1,49% em junho. Esta queda no índice geral foi influenciada principalmente pelo comportamento do comércio automotivo que, além de apresentar redução no percentual de cheques devolvidos (de 9,61% em maio para 4,52% em junho) teve aumento no índice dos cheques que são reavidos (passou de 76,99% em maio para 92,46% em junho). Neste segmento, a inadimplência caiu de 2,21%, em maio, para apenas 0,34% neste mês.

Influenciado pela queda nas vendas, o nível de emprego no comércio varejista registrou a terceira queda consecutiva no ano (-0,20%). Essa queda foi determinada principalmente pelos grupos de bens semiduráveis, materiais de construção e comércio automotivo.

 
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