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 | 10/06/2005 16h58min

Denúncia de deputada do PSDB aumenta o escândalo no governo

Tucana afirmou ter recebido oferta R$ 30 mil e bônus anual de R$ 1 milhão

A denúncia da deputada Raquel Teixeira, do PSDB, que afirmou ter recebido uma oferta de R$ 30 mil e de um "bônus anual" de R$ 1 milhão para se unir à base do governo na Câmara pôs nesta sexta, dia 10, mais lenha no fogo dos escândalos de corrupção que sacodem o país.

Raquel Teixeira fez a nova denúncia em São Paulo, pouco antes de viajar para Paris, onde permanecerá até a próxima sexta, quando voltará ao Brasil e, segundo prometeu, dirá tudo o que sabe.

De acordo com a Globonews, a tucana afirmou que um parlamentar da base governista lhe ofereceu há dois anos a mesada para se unir à base aliada. Raquel afirmou que rejeitou a oferta, não identificou quem tentou "comprá-la" nem explicou por que não denunciara o caso até agora. O presidente do PT, José Genoino, voltou a desmentir que o partido tenha montado uma rede de subornos no Congresso, como denunciou na segunda-feira o presidente do PTB, Roberto Jefferson.

Esta semana Genoino também desmentiu taxativamente as acusações de Jefferson, que garante que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava um "mensalão" de R$ 30 mil a vários deputados para garantir apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso.

Em meio à crise política provocada pela série de denúncias, o governo ainda teve que desmentir que Lula tenha decidido exonerar o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, investigado por suposta sonegação de impostos.

– São infundadas notícias veiculadas pela imprensa sobre uma eventual troca no comando do Banco Central – disse o Planalto em comunicado divulgado para tranqüilizar o mercado, que esta semana foi sacudido pela crise política.

No Congresso, os líderes da base governista e da oposição tentaram, sem sucesso, superar suas divergências acerca da escolha do presidente e do relator da CPI dos Correios.

A CPI investigará as denúncias de corrupção nos Correios e no Instituto de Resseguros do Brasil (IBR), duas estatais em que supostamente funcionava uma rede fraudava licitações públicas. Jefferson, até uma semana atrás um fiel aliado de Lula, é um dos suspeitos de comandar a rede de corrupção.

As informações são da agência Reuters.

 
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