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 | 06/11/2001 23h35min

Livros fiscais de Diógenes são irregulares

Os oito livros fiscais do Clube de Seguros da Cidadania "não têm valor legal", segundo o presidente do Conselho Regional de Contabilidade, José João Appel. Os volumes, entregues por Diógenes de Oliveira, presidente do clube, à CPI da Segurança Pública, conteriam respostas convincentes a todas as questões suspeitas não respondidas durante o longo depoimento de Diógenes na segunda-feira. Mas, de acordo com a Lei 3.470, de 1958, e com o artigo 258 do Regulamento do Imposto de Renda, os livros teriam de estar registrados no Serviço de Registro de Títulos e Documentos de Porto Alegre. Se não, podem ser alterados a qualquer momento. Uma busca realizada a pedido da CPI comprova que nos últimos cinco anos não foi registrado nenhum livro fiscal do Clube de Seguros da Cidadania. Na segunda-feira, após a apresentação dos livros à CPI, o Conselho notificou o contador do Clube de Seguros, Renato Cunha, para que apresentasse em 24 horas os recibos e documentos que embasam a contabilidade do Clube. O prazo terminou às 18h desta terça-feira. Cunha pediu mais 24 horas e prometeu entregá-los nesta quarta-feira. O presidente da CPI, Valdir Andres, garante que os livros apontam várias contradições contábeis e podem ser considerados "frios".

 
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