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 | 16/03/2005 23h38min

Time empata com o Friburguense pela Copa do Brasil

Tinga, aos 33 da segunda etapa, marcou o gol da equipe colorada

O volante Tinga, que marcou o seu quarto gol com a camisa colorada na temporada, salvou o Inter de um fiasco. De atuação pífia diante do inexpressivo Friburguense, o time gaúcho lutou e suou para conseguir um empate em 1 a 1 na noite desta quarta, dia 16, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O Friburguense abriu o marcador com Marquinhos. Aos 11 minutos do primeiro tempo, a zaga colorada, mole na marcação, deixou a bola para Sharley. O atacante chutou, Clemer não segurou, e Marquinhos, no rebote, só escorou no canto. O empate veio aos 33 da segunda etapa. Tinga tabelou com Fernandão, recebeu na frente e tocou no canto do goleiro.

Foi horrível de assistir. Erros de passes, cochilos na marcação e chutes despretensiosos de longa distância foram a tônica da atuação colorada na noite desta quarta. Contra um adversário inexpressivo dentro do cenário do futebol brasileiro e que nem hino tem, quem parecia time pequeno era o Inter: acanhado e medroso. Sangaletti, mais uma vez, mostrou que está ultrapassado. Mole, devagar, até meia-lua do atacante Ziquinha levou.

O paraguaio Gavilán também não econtrou espaço dentro do meio-campo. Ele não acertou na marcação e errou passes. E Tinga, que acabaria salvando o colorado, estava sumido.

Impondo uma correria, a equipe carioca com Marquinhos e Abedi no meio-campo, sempre levava vantagem. Aos 11 minutos, o centroavante Sharley aproveitou uma bobeira da zaga e chutou em cima de Clemer. O goleiro deu rebote e Marquinhos aproveitou para marcar, sem sofrer nenhum tipo de marcação. O líbero Sangaletti, no momento do gol, caminhava no meio-campo.

A resposta do Inter vinha apenas em lances esporádicos. Aos seis minutos, Rafael Sobis arriscou de longe. A bola passou distante do gol do goleiro Jéfferson. Bolívar, que não jogou bem de ala, teve uma boa oportunidade aos 25. Ele invadiu pela ponta-direita, mas de dentro da área chutou torto. Jorge Wagner, aos 33, de fora da área, chutou forte. Jéfferson defendeu em dois tempos.

No segundo tempo, esperava-se que a bronca de Muricy Ramalho arrumasse a casa. Nada feito. O time voltou cometendo os mesmos erros.

O Inter, então, passou a apostar em bolas alçadas para a área, na esperança de Fernandão acertar o cabeceio. Uma boa surpresa foi a entrada, já desesperada, do jovem Leo Gamalho. Forte, brigador, ele usou o corpo para fazer parede em alguns lances. Sua entrada melhorou um pouco o desempenho da equipe. Fernandão recuou para o meio-campo, seu quintal, e pode tabelar com Tinga e Diogo, que entrou no lugar de Rafael Sobis – mais uma vez de péssima jornada.

Aos 34, Fernandão e Tinga acertaram uma bela tabela e o artilheiro colorado na Copa do Brasil – Tinga, e não Fernandão – não desperdiçou: 1 a 1. O Inter salvou-se do fiasco. Com o resultado, o colorado pode empatar sem gols no jogo de volta, dia 6 de abril, no Beira-Rio para avançar às oitavas-de-final da competição.

Para a partida do próximo domingo, dia 20, contra o Juventude, em Caxias do Sul, pelas semifinais do Gauchão, o colorado tem que melhorar muito se quiser realmente o tetracampeonato.

RODRIGO CELENTE
 
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