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Presidente do STJ se diz contra abertura de arquivos militares

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, disse nesta sexta, dia 22, que, com a edição da Lei da Anistia, resultado da manifestação popular, torna-se "incabível" que ainda se busque "remexer" no casos de torturas durante o regime militar. Na avaliação do ministro Vidigal, com a anistia, os casos resolvidos pela lei não devem retornar à pauta de debates. Porém, novas investigações sobre assuntos que ainda não foram equacionados, esses sim, podem ser investigados.

– E a anistia se fez. A anistia apaga. A anistia é o esquecimento. Então, não ajuda o país remexer nessas fissuras, tentar ferir essas feridas que já cicatrizaram – disse Vidigal.

O presidente do STJ foi indagado por um grupo de jornalistas que buscava saber a opinião do ministro levando em conta o noticiário sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida em 1975, no DOI-CODI, em São Paulo. Uma série de reportagem iniciada pelo jornal Correio Braziliense sobre o tema deflagrou o debate envolvendo a morte de Wlado, como Herzog era tratado. O jornal divulgou fotos inéditas do jornalista, antes de ser assassinado, em situação humilhante.

Vidigal disse que os casos já resolvidos, inclusive com o reconhecimento por parte do governo, pagamento das indenizações estão "fora de cogitação administrativa", e os casos sobre os quais não se sabe o desfecho devem ser apurados.

As informações são do STJ.

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