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 | 04/05/2001 13h57min

MPF entra com ação para exigir mais PMs em Joinville

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Joinville, Davy Lincoln Rocha, ingressou na Justiça com uma ação civil pública contra o Estado e União para exigir mais segurança nas ruas da maior cidade do Estado. A medida, prometida desde março deste ano por Rocha, solicita que o efetivo de policiais militares (PMs) seja reforçado em mais 300 homens. O procurador alega que a cidade não cumpre previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) de um PM para cada 250 habitantes. Joinville teria, segundo o MPF, um policial para cada 3 mil moradores. Rocha sustenta o pedido principalmente na comparação com o efetivo de Florianópolis, que seria até três vezes superior ao da maior cidade do Estado, com cerca de 900 PMs. Conforme reportagem da RBSTV, os casos de roubos a pontos comerciais da cidade cresceram 57% em abril. Mesmo a redução em 12,05% nos assaltos a mão armada, não estaria tranquilizando os habitantes. O procurador da República, que trocou há 15 meses o Rio de Janeiro por Joinville atrás de mais segurança para a família, já preveniu que a cidade virou alvo do crime organizado: – Não vou estranhar se seqüestros começarem a ocorrer – disse Rocha em uma entrevista ao clicRBS em abril deste ano. A ação, com pedido de liminar, caso seja aceita estipula um prazo de 120 dias para o governo estadual disponibilizar mais homens. Se a ordem for descumprida, há previsão de multa. O autor da ação ameaça pedir a intervenção do Estado se a sua reivindicação for ignorada. O comando da PM alega que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede novas contratações por impor limites de gastos. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) catarinense está instalando câmeras de vídeo nas ruas de Joinville, apontadas como armas no combate à violência.

 
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