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 | 13/09/2003 11h36min

Arafat condena plano de exílio e pede apoio internacional

O presidente palestino Yasser Arafat condenou neste sábado, dia 13, a ameaça israelense de levá-lo ao exílio, qualificando-a de desejo de destruir a independência palestina, e apelou por intervenção internacional. Israel citou legítima defesa como justificativa para a medida do gabinete de segurança, que na quinta, dia 11, decidiu ''remover'' Arafat depois de dois ataques suicidas, a mais recente onda de violência em três anos de levante palestino nos territórios ocupados da Cisjordânia e Faixa de Gaza.

– O perigo refere-se à determinação de Israel de cancelar o parceiro palestino e a Autoridade Palestina – disse Arafat a diplomatas que o visitaram em seu quartel-general de Ramallah, lembrando do 10º aniversário dos acordos interinos de Oslo, que deram aos palestinos uma autonomia limitada.

Arafat disse estar comprometido com a última proposta do ''mapa da paz'', plano liderado pelos Estados Unidos, que prevê a criação do Estado palestino.

– Tudo isso requer uma pressão da comunidade internacional sobre Israel para que essa política seja revertida – declara Arafat.

Com apoio dos Estados Unidos, Israel acusa Arafat de fomentar a violência militante – acusação que ele nega. Mas Washington não quer que o líder de 74 anos seja exilado, temendo que isso coloque um fim ao já ameaçado plano de paz.

Palestinos de todos os lados dos territórios manifestaram-se em favor de Arafat e prometeram defendê-lo com suas vidas. Protestos similares de palestinos refugiados também ocorreram no Líbano e Jordânia.

As informações são da agência Reuters.

 
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