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 | 01/02/2001 18h05min

Ministério levanta barreiras sanitárias do Rio Grande do Sul

Seis meses depois do surgimento de focos de febre aftosa na região de Jóia, no noroeste do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura decidiu suspender todas as barreiras sanitárias no Rio Grande do Sul. Na prática, isso significa que não existe mais zona de emergência no Estado e o trânsito de animais está liberado para todo o país. A medida foi anunciada nesta quinta-feira pelo diretor de Defesa Animal do ministério, Hamilton Farias, que esteve reunido durante todo o dia com técnicos e veterinários dos governos federal e estadual, em Porto Alegre. A decisão foi tomada com base em exames que comprovaram a ausência de atividade viral na região. Uma resolução conjunta revogando as restrições foi assinada pelo delegado federal da Agricultura, Odalniro Paz Dutra, e pelo secretário estadual da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, e será publicada segunda-feira no Diário Oficial do Estado. Segundo Farias, porém, oito propriedades – sete em Jóia e uma em São Miguel das Missões – ainda vão permanecer interditas. Isso porque os exames sorológicos dos animais sentinelas não foram conclusivos. Diante da falta de provas claras que pudessem descartar a presença de atividade viral na região, os técnicos decidiram reintroduzir animais sentinelas nas propriedades, como precaução. Os exemplares serão submetidos a duas novas sorologias: no sétimo e no décimo quinto dia. Depois disso, serão abatidos em frigorífico e terão um pedaço de esôfago coletado para um exame mais rigoroso, chamado de Probang. O chefe do Departamento de Produção Animal da Secretaria da Agricultura, Guiomar Bergmann, adianta que serão reintroduzidos 78 animais sentinelas nos próximos dias, assim que os exames sanitários dos exemplares estiverem concluído. Os 12 terneiros anteriores, que apresentaram exames indeterminados, já foram abatidos. A medida trouxe alívio aos produtores gaúchos, que desde a divulgação dos focos, em agosto, vinham enfrentando problemas de comercialização e prejuízos. A partir de agora não será mais exigido o cumprimento de quarentena, na origem e no destino, e a realização de duas sorologias, para bovinos, ovinos e caprinos vendidos para fora do Estado. Outro fator positivo é que a suspensão da zona de emergência renova as expectativas dos gaúchos quanto à conquista do certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação. A estimativa do ministério é de que o status possa ser concedido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) em maio de 2002.


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