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Secretário da Segurança tenta solucionar impasse em São Sepé

Proposta de marcha escoltada foi rejeitada por ruralistas

Para tentar solucionar o conflito entre ruralistas e os agricultores sem-terra, o secretário de Justiça e Segurança, José Otávio Germano, chegou no final da tarde deste domingo, dia 20, na ponte obstruída na BR 392, em São Sepé. Já dura 36 horas o impasse entre produtores rurais e os 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A marcha dos sem-terra rumo a São Gabriel foi barrada por centenas de fazendeiros na manhã do último sábado, dia 19.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Nelson Pafiadache, também está no local para tentar resolver a situação. Em reunião com lideranças da  Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o secretário reapresentou a proposta de identificar os colonos do MST e escoltar a marcha, para evitar invasões.

Em assembléia, os ruralistas rejeitaram a idéia. O secretário discursou para o grupo de fazendeiros, tentando convencê-los a deixar a marcha prosseguir. Os representantes do governo do Estado conversaram também com o MST. Segundo os líderes sem-terra, o secretário da Segurança prometeu proteção total. Pediu também que eles continuem a marcha dentro de ônibus. A proposta ainda está em avaliação.

A marcha do MST foi retomada na última sexta, dia 18. Os sem-terra pretendiam deixar o município de São Sepé e prosseguir mais 18 quilômetros na manhã do último sábado em direção a São Gabriel, onde fica a área do agropecuarista Alfredo Southall – cuja desapropriação, determinada pelo governo federal, foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O trânsito na ponte está bloqueado pela polícia, para evitar possíveis acidentes. O desvio pode ser feito pela RST 287, por Formigueiro e Restinga Seca. Forte aparato policial permanece no local. Os colonos vão passar a noite num acampamento improvisado à beira da rodovia. O governo continua apostando numa solução pacífica, mas diz estar preparado para usar a força.

O momento mais tenso do dia ocorreu na tarde de domingo, quando os dois grupos se perfilaram nas cabeceiras da ponte, fazendo provocações. As informações são da Rádio Gaúcha.


 
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