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 | 10/01/2001 10h12min

Ministro confia no aumento de exportação de carne de suíno

Pratini de Moraes atribui confiança no setor à declaração de zonas livres de peste suína clássica

O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, afirmou que o Brasil pretende conquistar o mercado internacional de carne de suíno, a mais consumida no mundo. Uma das principais medidas é a declaração de zonas livres de peste suína clássica, que será anunciada nesta quarta-feira. Na lista, estão as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e os Estados de Sergipe, Bahia e Tocantins. Segundo Pratini de Moraes, desde 1978, quando a doença surgiu no país, o produto brasileiro ficou praticamente sem consumidores no Exterior. As exportações oscilaram entre US$ 122 milhões e US$ 160 milhões, para mercados como Argentina, Uruguai e Hong Kong. Com a erradicação da peste, o setor começou a reagir. Ainda em 2000, exportou para a Rússia e até novembro chegou a vender US$ 170 milhões. Em fevereiro deste ano, segundo o ministro, a Itália também deve importar a carne de suínos brasileiros. Ele acredita que as exportações poderão pular dos US$ 185 milhões previstos até dezembro de 2000 para US$ 260 milhões neste ano. Os efeitos da recuperação de mercado deverão se refletir em regiões onde a suinocultura se destaca, como no oeste catarinense. O sul do Brasil concentra o rebanho suíno, de 12,9 milhões de cabeças, em 205 mil propriedades. O presidente Fernando Henrique Cardoso estará presente à declaração de zonas livres, que será realizada na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília. Além de FH e Pratini de Moraes, o governador catarinense, Espiridião Amin, o secretário de Agricultura do Estado, Odacir Zonta, e o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Fernando Driessen, também participam da cerimônia. Sobre o certifcado de zona livre de febre aftosa no Rio Grande do Sul, Pratini de Moraes afirmou que o Estado poderá recuperar o status sanitário em 2001. Veterinários do Ministério da Agricultura estão concluindo trabalhos de sorologia no Estado. Se os resultados forem negativos, o programa de classificação do rebanho poderá ser retomado. O ministro garantiu que a intenção é promover a carne brasileira para que esta conquiste o mercado europeu.

 
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