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Bush enfrenta na Rússia oponentes da guerra contra o Iraque

Presidente dos EUA descartou confronto e assumiu postura conciliadora

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assumiu uma postura conciliadora ao chegar na Rússia neste sábado, dia 31, para enfrentar líderes mundiais que se opuseram à guerra contra o Iraque.

Bush participa das comemorações do aniversário de 300 anos de São Petersburgo, cidade natal do presidente Vladimir Putin, numa festa glamourosa que pode se tornar o ambiente ideal para que laços abalados sejam refeitos. As festividades reunem personagens chave do amargo debate que culminou com a guerra do Iraque, incluindo líderes da França, Alemanha e Grã-Bretanha.

Falando na Polônia, primeira parada de uma viagem de uma semana pela Europa e Oriente Médio, o presidente George W. Bush descartou o confronto e assumiu uma postura conciliadora, dizendo que os Estados Unidos estavam comprometidos com uma forte parceria com a Europa contra o terrorismo.

– Este é o momento de transformar as divisões em uma grande aliança – disse ele em Cracóvia.
Bush usou sua visita ao campo de concentração de Auschwitz para explicar os ataques preventivos contra o "mal".

– Os Estados Unidos estão comprometidos com uma forte aliança atlântica para garantir nossa segurança, para promover a liberdade humana e manter a paz no mundo – afirmou, agradecendo os poloneses pelo apoio à guerra no Iraque, que contrastou com as violentas críticas da França e da Alemanha.

A presença de mais de 40 líderes, depois de meses de tensão internacional, fez da festa de US$ 1,5 bilhão uma ocasião para intensa diplomacia global. Bush, Putin e outros líderes do Grupo dos Oito (os sete países mais ricos do mundo e a Rússia) também irão participar da cúpula do G8 na cidade francesa de Evian, neste domingo.

Apesar das palavras tranquilizadoras de Bush, sua assessora nacional de segurança, Condoleezza Rice, não mediu palavras em uma entrevista ao jornal francês Le Monde, dizendo que houve momentos em que Paris parecia ver os norte-americanos como mais perigosos que Saddam Hussein.

A cúpula de Evian promete ser uma reunião tensa, com o líder norte-americano pressionando a Europa a derrubar barreiras comerciais e aceitar cultivos geneticamente modificados. Com informações da agência Reuters.

 
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