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Discussões sobre o Shabat abalam governo israelense

Um importante parceiro do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ameaçou deixar o governo, se a lei que permite processar comerciantes que ignorem o shabat judaico não fosse restaurada. Essa foi a primeira crise enfrentada pela coalizão que garante a maioria do governo no parlamento. Caso o NRP, Partido Nacional Religioso, retire-se da coalizão, será a primeira vez em 55 anos que os ortodoxos ficarão fora do grupo de sustentação do governo de Israel. 

– Não seremos parte de um governo que desrespeite o shabat – disse o ministro da Habitação, Ephraim Eitam, líder do NRP, à rádio do Exército, confirmando o shabat como um valor nacional e judaico crucial.

A disputa surgiu quando o ministro da Indústria e Comércio, Ehud Olmert, suspendeu o trabalho dos inspetores religiosos que tinham o poder de multar comerciantes que empreguem judeus no shabat, que vai do pôr-do-sol da sexta-feira ao pôr-do-sol de sábado. As eleições há dois meses garantiram 15 cadeiras ao ultralaico partido Shinui, tornando-se a terceira maior agremiação do Parlamento. Com esse resultado, o equilíbrio entre religiosos e leigos foi abalado. O partido, que já possui cinco ministérios, tem questionado alguns privilégios dos judeus religiosos.

As informações são da Agência Reuters.


 
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