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 | 04/12/2008 04h53min

Produtores da Grande Florianópolis têm prejuízo de R$ 28 milhões

A estimativa é de que as perdas tenham atingido 60% das lavouras

Graziele Dal-Bó  |  graziele.bo@diario.com.br

A perda dos produtores de hortifrutigranjeiros da Grande Florianópolis por causa do período chuvoso que se arrasta por pelo menos três meses já é superior a R$ 28 milhões.

Agricultores dos municípios de Águas Mornas, Angelina, Antônio Carlos, Biguaçu, Palhoça, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara calculam que as perdas atingiram 60% das lavouras.

Só em Águas Mornas, os prejuízos somam R$ 4,9 milhões, contabiliza o gerente regional da Epagri na Grande Florianópolis, José Orlando Borguesan.

Os produtos mais atingidos foram as folhosas, como o alface. Isso porque eles precisam de clima seco para se desenvolver, explica o agricultor Aldori Richartz, de Antônio Carlos, que perdeu quatro dos 10 hectares onde havia cultivado alface, rúcula e brócolis.

Financeiramente, o prejuízo chega a R$ 35 mil. Ele, que colhia de 35 mil pés a 45 mil pés de alface por semana, agora vê a lavoura destruída.

— Estou esperando o tempo ficar mais seco para retirar o que está perdido e preparar o solo para a próxima colheita — diz, acrescentando que a situação o fez atrasar algumas contas.

Além do excesso de água no solo, especificamente nas regiões próximas a Antônio Carlos, o aumento no nível do Rio Rachadel — um dos que formam a bacia do Rio Biguaçu — que provocou deslizamentos em diversas áreas, também contribuiu para as perdas. Parte da produção de pepinos do cunhado de Aldori foi levada pelo rio.

Preço do tomate mais que dobrou

E se a produção se perde no início da cadeia produtiva, falta mercadoria para os clientes nos mercados.

Para contornar a situação, a Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa/SC) tem trazido alguns itens de outros estados, principalmente Paraná e São Paulo. Mas como o custo do produto aumenta por causa do transporte, o valor desses alimentos sobe também para o consumidor final, explica o gerente da Ceasa, José Jânio Kahl.

Um pé de alface que custava R$ 0,30 está valendo agora R$ 0,40. No caso do tomate, o reajuste é ainda maior. De menos de R$ 1 o quilo, o preço foi para R$ 2,19 o quilo — mais que o dobro.

 
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