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Líder petista defende que ACM não assuma comissão do Senado

O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), defendeu nesta segunda, dia 17, que o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) desista da presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O petista acredita que já existem indícios suficientes para uma investigação por quebra de decoro parlamentar. Antônio Carlos Magalhães vem sendo acusado de ser o mentor do esquema de grampo telefônico realizado na Bahia que teria atingido cerca de 200 pessoas.

Pellegrino argumentou que ACM já teria se valido de escutas telefônicas para tentar evitar a eleição do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para a primeira-secretaria da Câmara. Ele contou que durante a eleição da Mesa Diretora, o senador teria distribuído dossiês contra seu rival político. Na opinião de Pellegrino, o caso poderia ser tratado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou pelo Conselho de Ética do Senado.

– O ACM não deveria assumir a CCJ porque, se for instaurado um processo, a comissão terá que se posicionar – disse.

O líder petista também defendeu pressa na apuração do episódio e afirmou que o governo não se posicionará contra a CPI.

Antônio Carlos Magalhães apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e conseguiu, depois de ter sido novamente eleito para o Congresso, ser indicado pelo PFL para presidir a segunda mais importante comissão do Senado. A oficialização no cargo será realizada por votação, prevista para quarta, dia 19. Em 2002, o senador baiano renunciou ao mandato após o escândalo da violação do painel do Congresso, evitando a cassação e perda dos direitos políticos.

 
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