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 | 23/08/2008 12h13min

Falta de comportamento campeão de adversários anima Palmeiras

Derrota do Grêmio para o Flamengo dá esperanças a paulistas

A derrota do Grêmio para o Flamengo por 2 a 1 deu um alento às esperanças do Palmeiras em se manter na briga pelo título brasileiro. Com o tropeço dos líderes e a manutenção dos sete pontos de distância da ponta, o elenco alviverde está certo: ainda não pintou o campeão.

– Se o Grêmio ganhasse do Flamengo, adeus campeonato. Oito pontos de vantagem seria muito ponto para um time sólido como eles, o campeonato estaria decidido. Mas agora continua aberto – comemora Wanderley Luxemburgo, que usa um exemplo neste Campeonato Brasileiro para justificar sua crença em tropeços do Tricolor gaúcho.

– Nenhum time se comportou como campeão ainda. Só o Grêmio pela vantagem que abriu, mas também falavam que o Flamengo era o campeão, eles pegaram sete jogos difíceis e tiveram uma queda. O Grêmio está em um patamar diferente porque conquistou mais vitórias fora. Mas, tirando isso, está tudo muito igual – analisa.

Apesar de ainda não ver as faixas com destino traçado neste ano, Luxemburgo sempre repetiu que a definição sobre quem briga ou não pela taça se daria após a maratona com jogos duas vezes por semana. Porém, com a proximidade do fim desta seqüência, o técnico constatou apenas muito equilíbrio.

– Da mesma maneira que nos preparamos, as outras equipes também. Tanto que ninguém avança. Um ganha em casa se sobe, depois perde fora e cai, mas recupera depois. Está tudo dentro do que nós falamos há dois meses – comenta.

Embora otimista em relação ao seu futuro, o Verdão inicia a 22ª rodada em quarto lugar. A razão de não estar na ponta já é um consenso no clube: falta somar mais pontos fora de casa. O comandante da equipe, entretanto, não tem economizado explicações para justificar que “ir mal como visitante não é privilégio do Palmeiras”.

– Como temos um percentual em casa muito forte, se cobra que tem que ser igual fora e não se analisa uma competição que está mais equilibrada. Hoje em dia, é difícil de ganhar fora até de quem é pequeno. Tem prevalecido muito o mando de campo – argumenta Luxa, utilizando como modelo até mesmo as Eliminatórias para a Copa do Mundo.

– Essa é uma realidade do futebol sul-americano até nas seleções. Um exemplo é a Venezuela, que tem sete pontos. Antes, era impossível imaginar isso. Eles eram o saco de pancadas – relembra.

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