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 | 13/05/2008 08h23min

Inter não acredita em clima hostil em Recife

Colorado enfrenta o Sport por vaga nas semifinais da Copa do Brasil nesta quarta

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

O Inter cuida de todos os detalhes para resguardar os jogadores, mas não aposta em ambiente hostil na decisão desta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Em Recife, dirigentes do Sport e da principal organizada do clube, a Torcida Jovem, negam qualquer tipo de animosidade. Sugerem que o único foguetório será o da "Alvorada Rubro-Negra", que abre hoje as festividades pelos 103 anos do clube. 

– Não faremos nada de errado em Recife. Vamos ganhar na bola – avisa Henrique Santos, dirigente da Torcida Jovem.



O vice de futebol do Sport, Guilherme Beltrão, ainda mostra mágoa pelas baterias de foguetes diante do hotel do Sport em Porto Alegre. Mas diz fazer apelos reiterados em rádios e jornais de Recife para que sejam evitados incidentes com os gaúchos. 

– Aqui, não há violência, mas a nossa Bombonera estará lotada pressionando o Inter – prometeu.

O torcedor comum, porém, usa o site de relacionamentos Orkut para defender tratamento recíproco ao recebido pelos jogadores pernambucanos em Porto Alegre. Na madrugada anterior à derrota de 1 a 0, a delegação foi acordada por três baterias de fogos. Só não mencionam que há 15 dias os jogadores do Palmeiras também foram despertados por foguetórios em Recife. A caminho da Ilha do Retiro, o ônibus dos paulistas foi apedrejado. Em São Paulo, nenhum incidente havia sido registrado.

A direção adotou medidas corriqueiras. Contratou quatro seguranças locais, que se juntarão a Osmair Silva, funcionário sempre presente nas viagens. No Hotel Atlante, na praia da Boa Viagem, o clube reservou um andar alto, o 14º, para minimizar os ruídos de possíveis foguetórios na madrugada. Se houver clima hostil da torcida pernambucana, a direção solicitará auxílio da Polícia Militar. 

– Não há nenhuma operação especial do Inter. Vamos para um jogo de futebol e não para uma guerra – minimizou o diretor executivo Newton Drummond.

Segundo a PM de Recife, um efetivo de 200 policiais, o mesmo dos clássicos locais, será utilizado no jogo. Além disso, o Inter terá escolta até a Ilha do Retiro. Caso necessite de policiamento mais ostensivo, precisará solicitar ao comando local. 

– Estamos aguardando contato do Inter para a escolta ou mesmo maior proteção nas cercanias do hotel. Não acredito que haverá problemas, mas estamos prontos para agir – disse o coronel Sérgio Lopes, diretor geral de operações da PM de Recife.

O meia Alex compara a mobilização para o jogo contra o Sport à estratégia usada na viagem para Montevidéu na Libertadores de 2007 – criou-se uma rivalidade com o Nacional, que contestou a eliminação de 2006. 

– Em Montevidéu, houve muita pressão da torcida. Mas aqui não há meninos para se assustar com pressão – disse Alex.

A delegação do Inter chegou a Recife por volta das 23h45min onde foi recepcionado por cerca de 30 torcedores no aeroporto de Guararapes.

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