O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), sediado na França, adiou a divulgação do resultado do julgamento da nadadora brasileira Rebeca Gusmão. Inicialmente prevista para 15 de abril, a decisão só será anunciada em 15 de maio.

A nadadora está sendo julgada por doping. Ela testou positivo para testosterona em exame realizado em 2006. Em 2007, ela também teve problemas com os exames antidoping durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Para o advogado da atleta, Breno Tannuri, o adiamento não chega a ser uma surpresa pela complexidade do caso de Rebeca. O prolongamento do caso também não abalou a confiança do advogado ou de sua cliente.

– Este é um procedimento normal e este é um caso complexo. Estou bem confiante, mas todo caso de doping é muito difícil – comentou.

Comunicada da decisão na terça-feira, Rebeca reagiu com tranqüilidade, de acordo com seu defensor.

– Ela não falou nada (especial). Ela mantém a esperança e a ansiedade só aumenta. Mas não tem muito o se que fazer .

Rebeca foi ouvida pelo TAS no dia 7 de março pelo resultado positivo para testosterona em exame realizado em 2006. A nadadora contestou o resultado, alegando irregularidades nos procedimentos do laboratório responsável pela análise.

Três dias depois, a atleta participou de audiência na Federação Internacional de Natação (Fina), esta referente a doping detectado em 13 de julho, data de abertura do Pan do Rio. O resultado também acusou presença de testosterona.

O adiamento na decisão do TAS inviabiliza a participação de Rebeca na última seletiva olímpica brasileira da modalidade: o Troféu Maria Lenk. O evento começa dia 6 de maio e definirá os últimos representantes nacionais nos Jogos Olímpicos de Pequim.