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 | 11/04/2008 18h07min

Ibovespa segue NY e fecha em baixa de 1,48%

No mês, a alta da Bolsa está em 2,65% e, no ano, o índice acumula queda de 2,04%

No sobe-e-desce que foi o mercado de ações esta semana, nesta sexta-feira o dia foi de baixa para a Bovespa, atrelada ao tombo das Bolsas norte-americanas. O índice Bovespa encerrou o pregão com variação negativa de 1,48%, aos 62.585,2 pontos, depois de oscilar entre a estabilidade, na máxima de 63.526 pontos, e a mínima de 62.459 pontos (-1,68%).

No mês, a alta da Bolsa está em 2,65% e, no ano, o índice acumula queda de 2,04%. Na semana, a Bolsa perdeu 2,89%. O giro financeiro totalizou R$ 3,809 bilhões (preliminar) hoje e configurou-se como o menor do mês de abril até agora. A média até ontem, segundo informações do site da Bovespa, era de R$ 5,604 bilhões.

O balanço ruim da gigante General Electric deu o start das ordens de venda e os indicadores fracos nos EUA mantiveram este comportamento. No Brasil, a queda foi inferior à registrada em Wall Street, por duas razões: ontem lá subiu mais do que aqui e o volume no pregão doméstico foi muito fraco, sinal de que os investidores estão sem entusiasmo de trocar suas posições.

Apesar da queda de quase 1,5%, o volume financeiro negociado foi estreito, sinal de que os investidores não querem se desfazer de suas posições, principalmente diante da expectativa de que os balanços domésticos, ao contrário dos norte-americanos, venham bem fortes.

Bolsas nos EUA

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou em baixa de 2,04%, aos 12.325,4 pontos, o S&P recuou os mesmos 2,04% enquanto o Nasdaq caiu 2,61%. A gigante GE puxou os índices para baixo depois de anunciar lucro 6% menor no primeiro trimestre e ainda rever para baixo suas previsões de resultados.

Os analistas ficaram alarmados porque acreditavam que a economia resistiria à desaceleração, já que tem importante presença no exterior, além de atuar em áreas diversas.

Os indicadores divulgados também não ajudaram. Os preços de importação avançaram 2,8% em março, mais do que a previsão de alta de 2,1%.

Excluindo petróleo, os preços subiram 1,1% no mês passado, o maior avanço desde que o índice começou a ser publicado mensalmente, em dezembro de 1988. Já o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu de 69,5 em março para 63,2 em meados de abril, o menor índice em 26 anos.

Além disso, a avaliação de expectativa para a inflação em 12 meses subiu a 4,8% em meados de abril, de 4,3% em março.

Para a próxima semana, a volatilidade deve prosseguir nas bolsas, já que sairão balanços de peso pesados como Bear Stearns, Intel, Johnson & Johnson, Washington Mutual, IBM, JPMorgan, General Motors e Merrill Lynch.

E do lado dos indicadores, estão previstas as divulgações dos dados de inflação do varejo, do atacado, produção industrial, Livro Bege e, no Brasil, a reunião do Copom mais aguardada dos últimos tempos.

Agência Estado
 
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