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 | 07/04/2008 17h27min

Petróleo WTI fecha em alta de 2,7%

Preço já supera os US$ 109 em Nova York, uma alta de US$ 2,86 frente ao preço de sexta-feira

O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou nesta segunda-feira em alta de 2,7% e seu preço já supera os US$ 109 em Nova York, enquanto o preço da gasolina continua registrando valores recorde na venda ao público nos Estados Unidos.

Ao finalizar a sessão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos do petróleo WTI para entrega em maio eram negociados a US$ 109,09, uma alta de US$ 2,86 frente ao preço de sexta-feira.

O preço do petróleo WTI atingiu durante a sessão os US$ 109,48 e se aproximou ao recorde histórico de US$ 110,33, registrado durante o pregão de 13 de março.

Renovados sintomas de enfraquecimento do dólar e a previsão de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não está disposta a elevar seu nível de oferta, por considerar que as provisões são adequadas para atender a demanda, contribuíram hoje para o encarecimento do petróleo, segundo os analistas.

Os valores dos combustíveis e em particular daqueles usados para calefação também mostraram uma forte tendência de alta, em previsão de uma maior demanda nos próximos dias por baixas temperaturas em grande parte dos EUA.

Os contratos de gasóleo de calefação para entrega em maio subiram US$ 0,09 em relação ao preço de sexta-feira e finalizaram a US$ 3,0843 o galão (3,78 litros).

O gás natural para esse mesmo mês ficou a US$ 9,79 por mil pés cúbicos, US$ 0,47 mais que no pregão anterior.

Gasolina

Os contratos de gasolina para entrega em maio se encareceram US$ 0,03 e terminaram a sessão a US$ 2,7835 o galão.

A alta do preço da gasolina no mercado atacadista e do petróleo tem refletido diretamente nos preços de venda para o público e faz com que os consumidores paguem há dias preços recordes ao encher seus tanques.

O preço médio do galão de gasolina no país se situa em um recorde histórico de US$ 3,33, segundo dados divulgados hoje pela associação automobilista AAA, a maior dos EUA, que citou números obtidos em 85 mil postos de gasolina.

O galão de gasolina já registra alta de US$ 0,57 em relação ao preço de um ano atrás, enquanto ainda falta quase um mês e meio para o início da temporada de maior demanda desse combustível, que vai do final de maio ao início de setembro.

O preço do galão de diesel, o combustível mais utilizado no transporte de mercadorias, se situa em US$ 4,00, após alcançar, em 22 de março, um recorde histórico de US$ 4,03.

O preço do petróleo WTI prolongou na primeira sessão da semana a escalada com que tinha terminado a anterior, entre novos sinais de retrocesso do dólar frente ao euro e outras divisas, o que costuma encorajar as compras de petróleo e de outras matérias-primas que são negociadas em dólares.

Além disso, o secretário-geral da Opep, o líbio Abdalla Salem al-Badri, manifestou durante o fim de semana que a organização apóia um "preço justo" e descartou uma reunião extraordinária sobre a produção e os preços antes da convocada para setembro.

Al-Badri insistiu que as provisões "são suficientes" e que o aumento dos preços não se deve a uma escassez de oferta, mas a outros fatores, entre eles ao enfraquecimento do dólar.

Previsões que as temperaturas serão mais baixas do que o habitual em grande parte dos EUA e também no nordeste, onde se concentra a maior parte do mercado doméstico para o gasóleo, também favorecem a alta no preço desse combustível e do gás natural, ao sugerir um aumento na demanda.

EFE
 
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