A chama para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008 chegou nesta segunda-feira à Praça da Paz Celestial, em Pequim, onde foi recebida pelos principais líderes do governo chinês e milhares de pessoas. Um forte esquema de segurança — em reação aos protestos contra a repressão no Tibete que marcaram o acendimento da tocha na semana passada, na Grécia — garantiu a chegada tranqüila da chama à capital chinesa.



Três jovens chegaram com o fogo sagrado de Olímpia ao centro da praça, onde foi preparada uma reprodução do altar sagrado do Templo do Céu, onde os imperadores faziam oferendas aos deuses. Mais de 4 mil artistas entre dançarinos, equilibristas e lutadores de kung-fu participaram da cerimônia, realizada na Praça da Paz Celestial, adornada com bandeiras chinesas e balões com os lemas olímpicos.

O presidente da China, Hu Jintao, o vice-presidente, Xi Jinping, o presidente do Comitê Organizador, Liu Qi, e o prefeito de Pequim, Guo Jinlong, estavam entre os convidados de destaque da cerimônia, da qual participaram também 600 jornalistas de todo o mundo e 1,5 mil personalidades diplomáticas e de outros setores sociais.

O presidente chinês acendeu uma pira no centro da praça de Praça da Paz Celestial, colocado em um altar que imitava os que eram usados na época imperial para fazer uma oferenda aos deuses.

O périplo que a chama fará pelo mundo começou oficialmente quando o desportista chinês Liu Xiang, recordista mundial de 110 metros com barreiras e campeão olímpico, tomou a tocha olímpica das mãos de Hu Jintao.

A tocha olímpica visitará países nos cinco continentes no que será o revezamento mais longo da história olímpica (137 mil quilômetros e 130 dias de duração).

A chama olímpica visitará países como a Argentina, Coréia do Norte e também poderia subir a montanha mais alta do mundo, o Everest (8.848 metros), se as condições meteorológicas adequadas acontecerem.