Apesar de ter o rebaixamento confirmado no sábado, depois da derrota de 3 x 0 para o Caxias, o futuro do 15 de Novembro, de Campo Bom, continua incerto. No Vale do Sinos, imprensa, torcedores e adversários especulam a possibilidade de o time não disputar a Série B.

O boato de que, se rebaixado, o time fecharia as portas por pelo menos dois anos não é confirmado. Diretor de futebol do clube, José Claudio Blos admite que os investimentos por parte dos patrocinadores vêm caindo, mas afirma que a divulgação de qualquer informação sobre os planos do 15 seria prematura.

– Isso (sobre o fechamento) nunca partiu da direção. Tudo é totalmente especulativo. Mas não vou responder categoricamente, porque futebol não se faz só com vontade, se faz com recursos. É prematuro fazer qualquer julgamento – afirmou por telefone na tarde deste domingo.

A diminuição dos patrocínios não é apontada como causa do desempenho no Gauchão - 11 derrotas, um empate e uma vitória. Segundo Blos, o 15 fechará as portas para avaliar o momento e se reestruturar. Mas ele acredita que o clube tenha de participar de disputas o ano todo, com competições que tragam retorno para os investidores.

Três vezes vice-campeão pelo 15, o goleiro Marcio Angonese não acredita que o time se despedirá do futebol.

– Ele vai se organizar para voltar a disputar com os grandes – resumiu.

Profissionalizado em 1994 e apenas disputando competições no primeiro semestre, o 15 de Novembro foi três vezes vice-campeão gaúcho (em 2002, 2003 e 2005). Considerado um dos mais bem estruturados e dono de uma das maiores folhas de pagamento do Interior do Estado, em 2004 o time conquistou o terceiro lugar na Copa do Brasil. Em 2006, outra vez na Copa do Brasil, eliminou o Grêmio. No mesmo ano, foi campeão da Copa Emídio Perondi.