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 | 13/03/2008 09h06min

Presidente sérvio dissolve parlamento e antecipa eleições

Crise se agravou com falta de acordo sobre ingresso na UE após independência do Kosovo

O presidente sérvio, Boris Tadic, dissolveu nesta quinta-feira o parlamento e antecipou para 11 de maio as eleições parlamentares. A crise no governo se agravou nos últimos dias devido à falta de acordo sobre a política do país em relação à União Européia (UE), depois que o Kosovo se autoproclamou independente, em 17 de fevereiro, e teve sua soberania reconhecida por Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos.

— As eleições são uma via democrática para que os cidadãos se pronunciem sobre como a Sérvia deve se desenvolver nos próximos anos — disse Tadic em comunicado emitido pelo escritório de imprensa presidencial: — Essa é uma nova oportunidade para reforçar nossa capacidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, para reforçar nossa perspectiva econômica através do processo das integrações européias, para confirmar a capacidade democrática da sociedade e mudar as coisas para melhor.

O presidente pediu "uma campanha justa e correta, que transcorra num ambiente de calma e democracia". As eleições parlamentares na Sérvia coincidirão com as municipais, convocadas há alguns meses. O governo liderado pelo primeiro-ministro, Vojislav Kostunica, admitiu na segunda-feira passada que não consegue mais conduzir e estabelecer a política do país de uma maneira única e comum. Segundo Kostunica, a crise governamental se agravou porque os membros da coalizão já não tinham mais uma política única para o Kosovo. O primeiro-ministro reconheceu que as diferenças dentro do governo surgiram em decorrência da discussão sobre se a Sérvia deveria entrar na UE "com ou sem o Kosovo".

A crise teve seu auge na semana passada, depois que o oposicionista e ultraconservador Partido Radical Sérvio (SRS) propôs ao parlamento uma resolução na qual a Sérvia ficaria impedida de negociar sua entrada na UE se o bloco europeu não confirmasse a integridade territorial do país, com o Kosovo como parte integrante. Para a Sérvia, a independência do Kosovo é uma violação flagrante do direito internacional e a região continua sendo sua província e parte inalienável de seu território.

EFE
Koca Sulejmanovic, EFE  / 

Tadic enfrenta crise política após autoproclamação da independência de Kosovo
Foto:  Koca Sulejmanovic, EFE


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