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 | 06/03/2008 09h25min

Colômbia qualifica governo de Chávez como "ameaça continental"

Vice-presidente disse que relação entre Venezuela e Farc é uma "bomba a ponto de explodir"

Após Hugo Chávez ameaçar a nacionalização de algumas empresas colombianas que estão no país, o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, qualificou, nesta quinta-feira, como uma "bomba a ponto de explodir" o "claro apoio" do presidente venezuelano às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e pediu a ajuda da comunidade internacional para "desativar" a mesma.

Segundo o site G1, o colombiano reiterou que seu país não vai cair em nenhum tipo de provocação da Venezuela, cujo governo qualificou de "ameaça continental" e de ser a "raiz do problema" que provocou o incidente na fronteira entre Colômbia e Equador.

Sem reação militar

Santos, entretanto, segundo a agência EFE, assegurou que seu país não vai reagir militarmente ao desdobramento militar ordenado por Chávez, após a operação colombiana contra as Farc em território equatoriano:

— Não nos deixamos intimidar, mas também não vamos reagir militarmente. Intuo que (a reação venezuelana) se deva ao fato de que a informação, as comunicações do presidente Chávez com as Farc saem flutuando. Essa reação pretende neutralizar uma evidência clara e contundente desse tipo de relações.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou ontem uma resolução que estabelece que Bogotá violou a soberania e integridade territorial do Equador na operação na qual morreu o dirigente da guerrilha conhecido como Raúl Reyes, e prevê a criação de uma comissão diplomática para resolver a crise entre ambas as partes.

— O importante é que a comissão de investigação que está sendo criada não olhe somente o incidente fronteiriço, mas vá além, e investigue a presença das Farc em território equatoriano, que é a causa principal desse problema — disse Santos.

O vice-presidente conclui hoje uma visita a Bruxelas na qual se reuniu com o Alto Representante da União Européia para Política Externa e Segurança Comum, Javier Solana.



Argentina

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está em Caracas para assinar uma série de acordos com Chávez e seguir de perto a crise diplomática vivida entre Colômbia e Equador. Poucas horas antes de partir, ela rejeitou energicamente a incursão do Exército colombiano em solo equatoriano:

— Acho que é importante a condenação unânime à violação da soberania territorial, que não pode ter nenhum pretexto. Não pode haver nenhuma causa.

Fontes oficiais disseram na quarta-feira que existe a possibilidade de que Cristina mantenha uma reunião bilateral com seu colega do Equador, Rafael Correa. Ela conversou por telefone tanto com Chávez e Correa como com os presidentes de Colômbia, Álvaro Uribe, Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e Chile, Michelle Bachelet, sobre a crise aberta na região após a incursão colombiana em território equatoriano.

Negociações

A visita a Caracas tinha sido programada antes da explosão do conflito e servirá para assinar, nesta quinta-feira, uma série de acordos para viabilizar a troca de energia venezuelana por alimentos e manufaturas industriais argentinas vinculadas ao setor agropecuário. Além disso, ela se reunirá com a senadora colombiana Piedad Córdoba e com Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial da Colômbia Ingrid Betancourt, refém das Farc há seis anos.

Também hoje ela viajará para o Haiti para visitar as tropas argentinas que se encontram ali em missão de paz e posteriormente se dirigirá à República Dominicana, onde na sexta-feira acontecerá a XX Cúpula do Grupo do Rio. A comitiva que acompanha a presidente na viagem é integrada pelos ministros de Relações Exteriores, Jorge Taiana, Planejamento, Julio de Vido, e Defesa, Nilda Garré, entre outros funcionários.

 
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