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 | 05/03/2008 20h11min

Equador diz que relações com a Colômbia não serão restabelecidas de imediato

Resolução aprovada hoje estabelece que o governo colombiano violou a soberania e a integridade territorial equatoriana

A chanceler do Equador, María Isabel Salvador, afirmou que a resolução aprovada hoje pela Organização dos Estados Americanos (OEA) "esgotou a primeira instância de um processo", mas não significa que as relações diplomáticas com a Colômbia serão restabelecidas imediatamente.

Em entrevista coletiva após a aprovação da resolução sobre o conflito entre os dois países, a chanceler disse que apesar do consenso alcançado, seu país "continuará colocando sua posição" nos fóruns correspondentes.

Neste sentido, afirmou que a aproximação entre as duas nações "é um processo" e que agora, com a resolução da OEA, foi possível dar o primeiro passo.

A resolução aprovada hoje estabelece que o governo colombiano violou a soberania e a integridade territorial do Equador e os princípios do direito internacional durante a operação militar que atacou um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em solo equatoriano. No entanto, o texto não condena explicitamente a Colômbia pela incursão, como tinha pedido o presidente equatoriano, Rafael Correa.



A incursão, na qual morreram o porta-voz internacional das Farc, Raúl Reyes, e outros guerrilheiros, levou o Equador a romper relações diplomáticas com a Colômbia e a militarizar a fronteira comum, na segunda-feira.

— Confiamos e desejamos que as relações diplomáticas (com a Colômbia) possam ser retomadas o mais rápido possível, mas não a partir de hoje — disse María Isabel Salvador.

A chanceler equatoriana também afirmou que é cedo para se pensar no resultado da reunião de consulta de ministros das Relações Exteriores, que deve ocorrer em 17 de março na sede da OEA, em Washington.

Salvador se mostrou "muito satisfeita" com a resolução atingida, pois é fiel ao que o Equador tinha pedido desde o começo, além de ser "clara e contundente".

O mais importante é que, em sua opinião, a resolução ratifica o princípio de que o território de um Estado é "inviolável" e que o fato ocorrido no sábado passado constitui uma violação da soberania e da integridade do Equador.

A chanceler também reiterou que o Equador "não tem nenhum vínculo com as Farc", como afirmou o governo da Colômbia.

Salvador afirmou que o Equador "continuará participando das ações que permitam a libertação de todos os reféns (das Farc)".

EFE
 
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