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 | 03/03/2008 01h51min

Governo colombiano pede desculpas ao Equador

Países vivem situação tensa após incidentes envolvendo as Farc

O governo colombiano pediu desculpas ao Equador pela incursão na "zona de fronteira" de helicópteros colombianos e militares desse país para verificar o que aconteceu na operação que terminou com a morte de Raúl Reyes, porta-voz internacional e número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

— O governo da República da Colômbia deseja apresentar ao governo da República do Equador suas desculpas pela ação que se viu obrigado a antecipar na zona de fronteira — diz o documento lido neste domingo em Bogotá pelo chanceler colombiano Fernando Araújo.

Acrescenta que a ação consistiu na "entrada de helicópteros colombianos com pessoal das Forças Armadas no território equatoriano, para verificar o local".

— O governo colombiano nunca teve a pretensão ou a disposição de desrespeitar, vulnerar a soberania ou a integridade da irmã República do Equador, de seu povo ou de suas autoridades, pelas quais professou, historicamente, afeto e admiração — diz o comunicado oficial.

Assegura o documento que na "ação" os militares colombianos recuperaram o corpo de Luis Edgar Devia, verdadeiro nome de conhecido como Raúl Reyes, do comando das Farc, três computadores, documentos e correspondência do "terrorista".

Acrescentou que, com informações da inteligência, foi preparada "uma operação para atacar um lugar em território colombiano" onde estavam Reyes e outros guerrilheiros das Farc.

Detalha que "no momento em que as unidades transportadas por helicópteros da polícia (colombiana) estavam se aproximando, foram recebidas por intenso fogo de guerrilheiros localizados em nosso território, sendo iniciado um combate. Foi nesse momento que as unidades foram atacadas, de um lugar a menos de 1.800 metros da fronteira, em território equatoriano".

Esclareceu que diante do ataque, os militares colombianos "reagiram e utilizaram a força em direção ao lugar de onde estavam sendo atacados" e que essa ação deixou um saldo de 12 guerrilheiros mortos, entre eles Raúl Reyes.

O governo colombiano disse que perante a situação "foi indispensável que as tropas colombianas entrassem no território equatoriano para verificar o lugar de onde receberam disparos e ao qual atacaram".

Acrescenta que os militares levaram os corpos de Reyes e outros rebeldes para o território colombiano para "evitar que a guerrilha os pegasse, cumprindo uma prática que acostuma realizar, para acusar nossas forças de execuções extrajudiciais".

O comunicado assegura que Reyes dirigia operações "criminosas" no sul da Colômbia e "clandestinamente, desde o território equatoriano sem o consentimento desse governo".

O governo colombiano se comprometeu a indenizar os cidadãos equatorianos que possam ter sido afetados pelos ataques.

Minutos após conhecer a postura do governo colombiano, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a "expulsão imediata" do embaixador da Colômbia em Quito, Carlos Holguín, após a retirada de seu embaixador em Bogotá, Francisco Suéscum.

Correa solicitou a reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Comunidade Andina de Nações (CAN) para tratar do ataque colombiano ao território equatoriano.

Em cadeia nacional de televisão, Correa informou que tinha ordenado a "mobilização de tropas" na fronteira com a Colômbia exigiu do governo do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não só desculpas, mas "compromissos firmes de respeito ao Equador".

EFE
 
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