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 | 13/02/2008 11h57min

Fidel chama McCain de instrumento da máfia de cubanos em Miami

Lider cubano publicou o último dos três artigos que criticam o concorrente republicano

O presidente de Cuba, Fidel Castro, afirmou hoje que John McCain, aspirante a candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, é um instrumento da máfia por ter se encontrado com cubanos em Miami. No terceiro artigo consecutivo com ataques ao político americano, publicado na imprensa cubana, todos oficiais, Castro repudia uma homenagem de seus compatriotas de Miami a McCain e diz a ele que "ninguém que valoriza a si próprio comete uma falta de ética tão grave".

"É incrível que a esta altura o candidato republicano, com honras de herói, se torne instrumento dessa máfia", afirma Castro, convalescente há 19 meses de uma doença intestinal que o obrigou a ceder temporariamente as funções de governo a seu irmão Raúl.

"Ali (em Miami) moraram e se instalaram com suas famílias a maioria dos mais inflamados inimigos da Revolução Cubana, que foram os batistianos, os grandes fazendeiros e milionários que tiranizaram e saquearam nosso povo", diz Castro.

"O Governo dos EUA os utilizou em seu desejo de reunir invasores e terroristas que ao longo de quase 50 anos ensangüentaram nosso país. Em seguida vieram emigrantes ilegais, a Lei de Ajuste Cubano e o brutal embargo imposto ao povo de Cuba", afirmou no artigo. "O que os latino-americanos poderão esperar de tais conselheiros?", pergunta Castro, antes de enumerar ações recentes de McCain contra o governo cubano.

Castro cita uma declaração de McCain em referência aos aviões que invadiram o espaço aéreo cubano e foram derrubados pela Força Aérea do país em 24 de fevereiro de 1996. O aspirante republicano declarou: "Se eu fosse presidente dos Estados Unidos, ordenaria uma investigação da derrubada desses bravos homens que foram assassinados sob ordens de Fidel e Raúl Castro, e processaria os dois", lembra o artigo.

"Em outra de suas declarações afirmou que 'quando houvesse liberdade em Cuba, ele gostaria de enfrentar os cubanos que torturaram alguns de seus companheiros durante a Guerra do Vietnã'. Que audácia a do obsessivo candidato!", segue Fidel. O líder cubano acusa McCain de não ter nenhuma educação política e reproduz em seguida dezenas de parágrafos de um livro de memórias do candidato, com breves comentários intercalados como "destila ódio aos vietnamitas. Estava disposto a exterminar todos".

No final do extenso artigo, Castro anuncia que não será o último da série sobre McCain e comenta: "A única lamentável confusão — e não foi a intenção de algumas agências que transmitiram a primeira reflexão sobre o tema (esclarece Castro)— é de que eu teria pedido provas das acusações de McCain sobre cubanos torturadores no Vietnã. Não se pode provar o que nunca ocorreu. Pedi ética".

EFE
 
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