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 | 05/02/2008 16h37min

Problemas com urnas eletrônicas prejudicam Superterça nos EUA

Autoridades já registraram problemas em Nova Jersey, onde o governador Jon Corzine teve de esperar 45 minutos para votar

Em plena Superterça, quando milhões de americanos em 24 Estados participam de primárias democratas e republicanas, as atenções nos Estados Unidos (EUA) se voltaram para falhas técnicas apresentadas por urnas eletrônicas.

As autoridades eleitorais já registraram problemas no Estado de Nova Jersey, onde o governador Jon Corzine teve de esperar 45 minutos para votar devido a problemas com as urnas em uma estação de bombeiros.

Corzine apóia a senadora democrata Hillary Clinton. A senadora e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, votaram cedo em Chappaqua, em Nova York, mas não quiseram dar entrevistas.


Assim como ocorreu em 2004, o problema das urnas eletrônicas recai sobre a ausência de um comprovante impresso que seria útil para uma auditoria ou mesmo na apuração dos votos. Além disso, as máquinas são vulneráveis a vírus de computador que podem alterar os resultados.

Um estudo recente da Universidade da Califórnia em Berkeley destacou que, devido a esses problemas, o voto eletrônico não é suficientemente confiável e seguro. A empresa de consultoria Election Data Services calcula que cerca de 50% dos americanos inscritos para votar participarão do processo à moda antiga: com cédulas, que agora serão inspecionadas por scanners ópticos.

O presidente da Election Data Services, Kim Brace, disse que "o problema não são exatamente as máquinas, mas a falta de capacitação dos mesários. As urnas eletrônicas resolveram alguns problemas, mas criaram outros, e com isso as autoridades buscaram alternativas".

— Esses scanners, no entanto, não resolvem problemas criados pelos próprios eleitores. Sempre haverá risco de erros — observou Brace.

A Califórnia, estado-chave para as votações de hoje devido a seu número de delegados, servirá como laboratório para avaliar a confiabilidade das urnas eletrônicas. Após um teste de US$ 1 milhão, o governo do Estado da costa oeste americana determinou que, devido aos problemas com as máquinas em muitos lugares, os centros eleitorais deverão manter comprovantes impressos de todos os votos.

Mais de vinte condados na Califórnia abandonaram o uso da urna eletrônica por causa da falta de garantias sobre sua segurança. Diante deste panorama, a contagem de votos pode demorar nos condados onde os eleitores recorrerão às cédulas que serão "lidas" por scanners ópticos. As autoridades dos EUA popularizaram o uso das urnas eletrônicas nas eleições presidenciais de 2004 e nas legislativas de 2006.

EFE
 
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