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 | 23/01/2008 17h32min

Crise em Gaza: chefe do Hamas pede que países árabes rompam bloqueio

Líder disse que Gaza se transformou na maior prisão da história

O chefe do Escritório Político do movimento islâmico palestino Hamas, Khaled Meshaal, pediu hoje aos governos árabes e islâmicos que rompam o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza desde a última quinta-feira. Meshaal fez este pedido em entrevista coletiva em Damasco — onde mora e trabalha.

O líder também denunciou o que chamou de silêncio demonstrado pelo mundo árabe diante do cerco sofrido por Gaza, motivo pelo qual insistiu na necessidade de os árabes colocarem fim a tal situação.

Além disso, pediu aos dirigentes árabes e islâmicos que reconsiderem qualquer passo voltado à normalização das relações com Israel. O principal responsável do Hamas disse que a autorização dada pelo governo israelense na terça-feira para a entrega de ajuda humanitária à população da Faixa representa um esquema e um truque que não obrigará o povo palestino a depor as armas.

Meshaal afirmou que há cerca de cem mil desempregados em Gaza.

— As pessoas não encontram pão, por isso não as culpem quando destruírem o muro (da passagem fronteiriça de Rafah) para atravessar a divisa com o Egito — disse.

O chefe do Escritório Político do Hamas declarou que, com o bloqueio, Gaza se transformou na maior prisão da história. É o momento de acabar com esta prisão.

— Os palestinos não depositam suas esperanças no Conselho de Segurança da ONU, mas em Deus disse ele.

Por outro lado, Meshaal reiterou a abertura de um diálogo com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), presidida por Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, rival do Hamas. Entretanto, destacou que esta conversa deve acontecer sem a imposição de condições com a entidade palestina em Ramala para discutir tudo o que for relacionado aos direitos do povo palestino e de sua luta.

Hoje, os grupos palestinos radicais e antiisraelenses liderados pelo Hamas fizeram uma conferência em Damasco para tentar acabar com a divisão entre as diferentes facções palestinas. A reunião não conta com a presença dos principais grupos de tendência laica, como o Fatah, que controla a Cisjordânia.

EFE
 
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