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 | 22/01/2008 18h52min

Fed e Petrobras ajudam Bovespa a fechar em alta

Índice paulista terminou com ganhos de 4,45% e Petrobras PN subiu 9,76%

Depois de muita demora e dúvidas sobre sua ação, finalmente o banco central dos Estados Unidos (Fed) agiu e anunciou um corte nas taxas de juros no país. O desabamento de ontem dos mercados, que ameaçava se repetir nesta terça-feira por todo o planeta, obrigou o BC americano a usar sua mão forte: cortou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano, e a taxa de redesconto (crédito emergencial para bancos) na mesma proporção, para 4% ao ano. Os investidores gostaram.

As bolsas da Europa, que ainda operavam na hora do anúncio, inverteram a mão e fecharam em alta. A Bovespa também trabalhou nesse sentido na maior parte do dia, impulsionada ainda pelo desempenho das ações da Petrobras após o anúncio de mais uma descoberta feita ontem pela empresa, dessa vez, de gás. Petrobras ON subiu 10,59% (segunda maior alta do índice) e Petrobras PN, 9,76%, com giro de R$ 1,397 bilhão. O Ibovespa, principal índice, encerrou o pregão em alta de 4,45%, aos 56.097,2 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 53,61 mil pontos (-0,19%) e a máxima de 56.541 pontos (+5,27%). Com o desempenho de hoje, a queda acumulada neste ano foi reduzida a 12,19%. O volume financeiro negociado foi o maior do mês e totalizou R$ 8,105 bilhões.

Às 18h22min, em Nova York, o índice Dow Jones caía 0,92%, o S&P, 1,05%, e o Nasdaq, 1,8%. A Ásia, no entanto, só deve se refestelar com o anúncio do Fed nesta madrugada, já que as bolsas já estavam fechadas quando ele veio. Hoje, o tombo lá foi feio e talvez tenha sido o catalisador para a antecipação da decisão do BC dos EUA, que já tinha reunião marcada para os dias 29 e 30 de janeiro.

Para amanhã, quando a agenda estará bastante tranqüila e sem indicadores relevantes nos EUA, a perspectiva é de que seja mais um dia de ganhos para a Bovespa. Também contribuiu com as compras na Bovespa relatório do banco Morgan Stanley favorável aos emergentes. O texto, assinado pelos analistas Jonathan Garner, Michael Wang e Vinicius Silva, destaca que a queda nos mercados de ações emergentes na semana passada restabeleceu valor para esse tipo de ativo.

— A decisão do Fed de cortar o juro em 0,75 ponto percentual é um potencial catalisador para os investidores reavaliarem o valor dentro dos mercados emergentes — diz o relatório.

Entenda a crise dos mercados de ações no mundo

Agência Estado
 
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