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 | 04/01/2008 16h50min

Após Iowa, pré-candidatos à Casa Branca se enfrentam em New Hampshire

Ganhadores de quinta-feira foram o democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee

Os candidatos à Casa Branca retomam nesta sexta-feira suas campanhas com as atenções voltadas para as primárias de New Hampshire, Estado que, após Iowa, pode consolidar a liderança de alguns políticos e acabar com as esperanças de outros. Os dois ganhadores nos caucus (prévias) de quinta-feira em Iowa, o democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee, esperam poder revalidar a vitória nas primárias que acontecerão no pequeno Estado do nordeste dos Estados Unidos na próxima terça-feira.

No entanto, as pesquisas indicam que as primárias serão muito concorridas, sem um favoritismo claro. Do lado democrata, a senadora por Nova York Hillary Clinton lidera as pesquisas. Ela, que promete continuar na disputa, é seguida de perto por Obama, senador por Illinois, e pelo ex-senador John Edwards.

Já no Partido Republicano, de acordo com as pesquisas realizadas antes da divulgação dos resultados de Iowa, a primeira posição é do senador John McCain, seguido pelo ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e pelo ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani.

A antecipação das primárias de New Hampshire, que acontecerá apenas cinco dias depois das prévias de Iowa, fez com que os adversários que tiveram bons resultados ontem à noite continuem na disputa eleitoral. Só os senadores democratas Chris Dodd e Joseph Biden, que não chegaram a 1% dos votos, anunciaram que deixarão a corrida pela Casa Branca.

Para muitos observadores, o que está acontecendo em New Hampshire, Estado de menos de 1,5 milhão de habitantes, é a verdadeira prova de fogo na corrida presidencial americana, pois os candidatos se enfrentam em eleições diretas e representativas, muito diferentes das assembléias de Iowa. Em New Hampshire, democratas e republicanos elegem diretamente um candidato, de modo que os delegados participantes das grandes convenções nacionais de cada partido já terão sua postura definida.

Nos caucus de Iowa, o processo é mais confuso, pois a decisão dos eleitores está condicionada a outras convenções que acontecem em nível distrital e estadual. Isso faz com que a assembléia perca representatividade.

— New Hampshire oferece uma visão muito mais fiel e menos distorcida do panorama presidencial que Iowa — afirma no jornal Washington Post o comentarista político David S. Broder.

Apesar da grande visibilidade das primárias de Iowa, por causa da presença de celebridades e da cobertura das redes de televisão, na verdade apenas uma pequena quantidade de eleitores participa do processo. Nas eleições presidenciais de 2004, mais de 300 mil pessoas votaram em New Hampshire.

No entanto, nos caucus realizados pouco antes, em Iowa, onde a população é o dobro da de New Hampshire, os eleitores locais não ultrapassaram os 125 mil. Isso representa menos da décima parte dos eleitores, enquanto em New Hampshire a porcentagem é aproximadamente a metade.

A história das eleições confirma que, para chegar à Casa Branca, é preciso ganhar em New Hampshire, uma tradição constante nos últimos 50 anos, com somente duas exceções: Bill Clinton e o atual presidente, George W. Bush. A influência das votações nesse Estado foi tão grande que dois presidentes americanos — Harry Truman e Lyndon Johnson — decidiram não concorrer à reeleição após obter péssimos resultados nas primárias de New Hampshire.

EFE
 
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