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 | 11/11/2007 18h36min

Chávez qualificou atitude de rei da Espanha como grosseria

Venezuelano espera que bate-boca não prejudique relação entre os países

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que o rei da Espanha, Juan Carlos de Bourbon, aprovou o golpe de Estado do qual o mandatário foi vítima em 2002, porque supostamente o embaixador espanhol acompanhou o presidente golpista Pedro Carmona ao palácio. O golpe durou 48 horas e Chávez foi reconduzido ao poder por populares e soldados. O presidente também disse que o rei da Espanha lhe fez uma "grosseria" ontem, quando lhe mandou calar a boca.

O bate-boca ocorreu na sessão final da Cúpula Ibero-Americana, no Chile. O monarca mandou Chávez se calar, enquanto o mandatário venezuelano mantinha uma discussão com o primeiro-ministro socialista espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Chávez chamou seu antecessor, o direitista José María Aznar, de "fascista". Hoje, ele falou com os jornalistas na saída do hotel onde estava hospedado, antes de regressar à Venezuela. Segundo ele, o rei da Espanha começou o incidente. Logo após, disse:

— Senhor rei, responda: O senhor sabia do golpe de Estado contra a Venezuela, contra o governo democrático, legítimo da Venezuela? Porque é muito difícil pensar que o embaixador espanhol estivesse no palácio apoiando os golpistas sem a autorização de sua majestade, porque o rei é quem dirige a política exterior na Espanha — declarou Chávez.

Não obstante, não pôde ser confirmada a versão de que efetivamente o embaixador espanhol tenha estado no palácio de governo com Carmona. Um jornalista presente aos fatos afirmou que não viu o embaixador espanhol no local. Chávez disse esperar que o incidente em Santiago não prejudique as relações entre a Espanha e a Venezuela.

Agência Estado
 
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