As irmãs Maria Clara e Carolina começaram bem a perna brasileira do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Nesta quarta-feira, com duas vitórias na arena da Praia de Iracema, em Fortaleza, elas garantiram passagem para as oitavas-de-final do Aberto do Brasil, penúltima etapa da temporada. Amanhã, em jogo que vale vaga às quartas-de-final, as atletas enfrentam uma parada duríssima contra as campeãs olímpicas Kerri Walsh e Misty May, dos Estados Unidos.

No primeiro compromisso do dia, Maria Clara e Carolina não fizeram uma boa apresentação na quadra central, mas derrotaram as austríacas Montagnolli e Swoboda por 2 a 0 (21/18 e 21/17). O jogo foi marcado pela elevada quantidade de erros de ambas as partes.

– Estive gripada nos últimos dias e cheguei aqui sem ritmo. Nos jogos do country quota e do quali, no início da semana, preferi apenas passar a bola. Hoje, estava querendo voltar a bater, mas me senti ainda muito presa – admitiu Carolina.

Mais tarde, na quadra externa e com vento forte que complicou a vida dos dois times, Maria Clara e Carolina subiram de produção e venceram as alemãs Brink Abeler-Jurich novamente em dois sets – 21/13 e 21/19. Foi o primeiro encontro das equipes em dois anos, desde a vitória das atletas cariocas em Modena (Itália).

– Jogamos muito bem com o vento, e para mim foi uma surpresa porque não havíamos atuado lá fora. Só em Marselha ventou com essa intensidade. O vento deixa tudo mais difícil, porque a partida fica imprevisível – explicou Maria Clara, capitã da dupla.

Nesta quinta, o duelo será acirrado diante das atuais campeãs olímpicas.

– Será um jogo duríssimo, mas vamos lá – disse Maria Clara.

Walsh e May também avançaram invictas, demonstrando o poderio já esperado: atropelaram as francesas Barrera-Gemise Fareau por 21/14 e 21/19 e as belgas Van Breedam-Mouha por 21/8 e 21/10.

Apesar do favoritismo da equipe dos Estados Unidos, a experiente Misty May, a morena da dupla com a loira Kerri Walsh que faz o fundo de quadra, diz que a partida não será fácil.

– Maria Clara e Carolina são uma dupla muito forte. Vamos precisar sacar muito bem para derrotá-las – previu.

Sobre o fato de nunca haverem perdido para as brasileiras, disse que o retrospecto não vale nada.

– Isso não tem nada a ver. Será um jogo difícil, com toda certeza – salientou.