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 | 29/07/2007 20h15min

Cruzeiro bate Botafogo e põe fogo no campeonato

Time carioca não soma pontos e vê São Paulo encostar na liderança

Com 10 jogadores em campo desde os 38 minutos de jogo, o Cruzeiro fez valer o fator local e, com dois gols de Guilherme e outro de Wagner, bateu o Botafogo por 3 a 2 neste domingo, no Mineirão, impedindo os cariocas de continuarem na liderança isolada do Brasileirão. André Lima e Renato Silva diminuíram no final, mas não houve tempo para buscar o empate.

Agora, o Botafogo tem a companhia do São Paulo, que bateu o América-RN em Natal e também chegou aos 28 pontos, na ponta do torneio. A vantagem carioca está no número de jogos disputados: 14, contra 15 dos paulistas.

A partida demorou a engrenar e o primeiro tempo do jogo foi bastante estudado e com poucas chances de gol, para desespero do bom público que compareceu ao Mineirão. O melhor lance dos primeiros 45 minutos pertenceu ao Botafogo, em contra-ataque puxado por Jorge Henrique e finalizado por André Lima, que perdeu o duelo com o goleiro Fábio.

O Cruzeiro não obrigou Júlio César a fazer uma só defesa no primeiro tempo e levou perigo somente em um lançamento longo para Roni, que foi interceptado pelo camisa 1 do alvinegro carioca. A maior emoção da etapa inicial foi a expulsão incomum do volante Daniel, que entrou em campo aos 17 minutos para substituir Ramirez. Aos 38, o volante fez falta em Jorge Henrique e levou cartão amarelo. Dez segundos mais tarde, cometeu nova infração e foi punido novamente, desta vez com o vermelho.

No segundo tempo, como era impossível piorar, a partida melhorou. Logo aos dois minutos, em contra-ataque fulminante, Júlio César saiu do gol de forma atabalhoada e, no meio-campo, foi encoberto por Guilherme: golaço e vantagem da Raposa.

O gol obrigou o líder a sair do marasmo e partir em busca de se recuperar do prejuízo. Em bonita cobrança de falta, Juninho obrigou Fábio a trabalhar aos cinco minutos para evitar o gol de empate carioca. Antes dos 10, Cuca sacou o zagueiro Alex para a entrada do meia Zé Roberto, tornando o Fogão ainda mais ofensivo.

Todo à frente, os cariocas abriram espaços na defesa e quase foram castigados aos 14, quando Roni apareceu sozinho na cara de Júlio César e só não marcou o segundo porque lhe faltou calma e categoria.

O panorama do jogo seguiu idêntico até o final, com o Botafogo na pressão e o Cruzeiro no contra-ataque. Os mineiros ainda contaram com a sorte em duas oportunidades: na primeira, ao verem Fábio defender chute de Ricardinho com os pés e a bola acertar o travessão, e na segunda em contra-ataque de Zé Roberto, que Fábio desviou novamente de encontro à trave, na derradeira chance de empate do Alvinegro carioca.

Quando restavam 13 minutos para o fim da partida, o árbitro Leonardo Gaciba deu uma forcinha e a Raposa matou o jogo. Em rápido contra-ataque, a zaga botafoguense fez o corte e Júlio César saiu do gol para defender. O árbitro marcou recuo e falta em dois lances para os mineiros. Na cobrança, a bola acertou a barreira e, na sobra, Wagner encheu o pé: 2 a 0. O gol desestabilizou o Botafogo e, quatro minutos depois, Guilherme subiu mais do que toda a zaga carioca e cabeceou com estilo para fazer 3 a 0 e garantir a vitória.

André Lima e Renato Silva chegaram a diminuir para o Botafogo, mas houve tempo suficiente para o empate e a Raposa, apesar do susto, deixou o campo comemorando os três pontos e a vitória por 3 a 2.

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