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 | 19/11/2002 00h41min

Controvérsia sobre cifras afeta transição

A discussão sobre o Orçamento de 2003 é um dos nós da passagem do governo de Olívio Dutra (PT) para o de Germano Rigotto (PMDB). Depois do teste na Comissão de Finanças e Planejamento, a proposta será apreciada no plenário da Assembléia Legislativa no dia 26 de novembro.

Segundo um assessor ligado à bancada do PMDB no Legislativo, a comissão de transição de Rigotto, insatisfeita com a defasagem alegada de R$ 1,57 bilhão, cogitou propor a recusa da lei orçamentária de 2003. O grupo recuou diante das complicações operacionais de governar sem Orçamento no próximo ano.

O deputado Jair Foscarini (PMDB), que integra a comissão, foi encarregado por Rigotto para acompanhar as negociações sobre a proposta orçamentária. A missão de Foscarini era zelar para que o programa do futuro governo coubesse na escassez de recursos estimada para o próximo ano.

Documento diz que governo %26quot;oculta%26quot; informações

A presidente da Comissão, Cecilia Hypolito, não havia lido até ontem o relatório do deputado Adílson Troca (PSDB), que será publicado hoje no Diário da Assembléia. A partir da publicação, os técnicos da bancada do PT irão analisar os números. Segundo Cecilia, as previsões %26quot;catastróficas%26quot; da oposição nunca se confirmariam.

- A execução orçamentária sempre confirma as nossas previsões. Ou eles subestimam a arrecadação, ou não têm competência - rebate.

Paulo Michelucci, além de compor a equipe de transição de Rigotto, é o coordenador da bancada do PMDB na Assembléia. Se no dia-a-dia da passagem de governo o assessor de Rigotto administra o tom das críticas, no parlamento colabora com análises contundentes sobre o Orçamento. O texto peemedebista que analisa a proposta é incisivo: %26quot;A projeção de déficit zero do Executivo vale-se do ocultamento nos números oficiais, pois o governo está subestimando o custeio de pessoal e o pagamento da dívida%26quot;.

Michelucci publicamente sustenta a idéia de que o próximo governo não precisa se preocupar em interferir na proposta orçamentária, pois a dinâmica da execução de gastos e receitas permitirá que, em 2003, Rigotto faça todos os ajustes por meio de decretos, suplementação de verbas e mudanças de rubricas.


 
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